Dólar estável com PIB do Brasil e emprego nos EUA: resumo de mercado em 2024

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Dólar abre estável com PIB do Brasil, tarifaço e emprego nos EUA

No dia anterior, o dólar ficou praticamente estável, com leve alta de 0,02%, cotada a R$ 5,75. Mercado também repercute “payroll” nos EUA

O dólar DE operava estável na abertura da última sessão da semana, na manhã desta sexta-feira (7/3).

Os principais destaques da agenda econômica observados pelo mercado são a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB DE Brasil em 2024, o relatório “payroll” com dados de emprego nos Estados Unidos e os desdobramentos das tarifas comerciais impostas pelo governo norte-americano.

Às 9h07, o dólar oscilava 0,02% para baixo e era negociado a R$ 5,757. No dia anterior, a moeda dos EUA ficou praticamente estável, com leve alta de 0,02%, cotada a R$ 5,75. Com o resultado, o dólar acumula perdas de 2,69% no mês e 6,84% no ano.

PIB DO BRASIL

No cenário doméstico, os investidores repercutem nesta sexta o desempenho da economia brasileira no ano passado. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB DE Brasil fechou 2024 com uma expansão de 3,4%, confirmando o forte desempenho esperado pelo governo.

No quarto trimestre do ano passado, o PIB DE país avançou 0,2%. A projeção dos analistas era uma alta de 0,5%.

PREÇOS DOS ALIMENTOS

Ainda no ambiente interno, o mercado acompanha com atenção das medidas anunciadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar conter a alta nos preços dos alimentos. Uma das propostas é zerar a alíquota de importação de diversos produtos, entre os quais azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, massas alimentícias (macarrão), café, carnes e açúcar. As propostas também foram discutidas com o setor produtivo. Empresários se reuniram com o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social).

TARIFAS NOS EUA

Nesta sexta, o mercado repercute ainda a reunião entre Alckmin e o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, por videoconferência, que aconteceu na quinta-feira (6/3). O tema do encontro foi o “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos sobre produtos importados de uma série de países, entre os quais o Brasil.

O mercado de madeira brasileira pode ser um dos mais prejudicados, já que os EUA são o principal destino das exportações do setor, recebendo 42,4% do total. Trump já anunciou uma tarifa de 25% sobre produtos florestais importados, o que pode dificultar a competitividade dos produtos nacionais. Outro ponto de preocupação do governo brasileiro é o etanol. Atualmente, o país aplica uma tarifa de 18% sobre o produto norte-americano, enquanto os EUA cobram apenas 2,5% do etanol brasileiro. A política de “tarifas recíprocas” defendida por Trump pode levar a um aumento dessa taxação.

“PAYROLL” NOS EUA

Nesta manhã, o mercado financeiro também repercute os dados de emprego dos EUA, que serão divulgados no relatório “payroll” do Departamento de Trabalho. A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação. Analistas temem que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a criação de vagas acima das expectativas é interpretada como uma notícia negativa.

BOLSA DE VALORES

As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.

Na véspera, o indicador fechou o pregão em alta de 0,25%, aos 123,3 mil pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumula ganhos de 0,45% em março e de 2,56% em 2025.

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