Dólar fecha estável em R$ 5,80 à espera de pacote de cortes; Haddad e Haddad farão pronunciamento.

A DE fechou esta terça-feira (26/11) perto da estabilidade, com uma leve alta de 0,04%, a R$ 5,80. O mercado permanece à espera do anúncio do pacote de corte de gastos do governo federal. Lá fora, a moeda americana registrou valorização, com o índice DXY voltando a operar acima dos 107 pontos e com desvalorização das principais moedas pares do real, em especial do peso mexicano, que despencou mais de 2% após comentários de Donald Trump sobre tarifas contra o país. O dólar ficou estável e fechou em R$ 5,80 à espera por um pacote de cortes.

O presidente eleito nos EUA disse que vai aplicar tarifas comerciais no México, Canadá e China, a partir de seu primeiro dia no governo, o que pode criar pressões inflacionárias. Fernando Haddad deve fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite desta quarta-feira (27/11) para explicar à população o pacote de corte de gastos que o governo pretende enviar ao Congresso. As medidas estão fechadas, mas o presidente Lula (PT) ainda quer agendar uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes de enviar o pacote formalmente ao Congresso.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite desta quarta-feira (27/11) para explicar à população o pacote de corte de gastos que o governo pretende enviar ao Congresso. Mais cedo, Lira disse ainda não ter sido chamado para conhecer os detalhes do pacote de corte de gastos e confirmou que o texto precisa ser aprovado ainda este ano. O presidente da Câmara comentou que, até então, teve uma reunião prévia com Haddad, em que foi informado de que o pacote geraria uma economia de R$ 25 bilhões no primeiro ano.

O programa de revisão de gastos visa acomodar as despesas públicas ao arcabouço fiscal do governo. Os gastos obrigatórios vêm crescendo paulatinamente nos últimos anos e, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), eles podem impactar a continuidade de políticas públicas e de investimentos. ADE ainda na economia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou uma alta de 0,62% nos preços em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi puxada sobretudo pelo grupo de alimentação e bebidas, que avançou 1,34%. O resultado veio bem acima da média das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,48%.

No exterior, além da fala de Trump, a terça foi marcada pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed). Segundo o texto, as autoridades discutiram a possibilidade de desacelerar ou pausar cortes nas taxas de juros se o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. As autoridades pensaram que se a economia tivesse um desempenho de acordo com suas expectativas a inflação continuaria a cair de forma constante, e “provavelmente seria apropriado avançar gradualmente em direção a uma definição de taxa de juros mais neutra”. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta puxado pelo avanço em ações mais líquidas, como bancos. Por volta das 17h, o índice avançava 0,97%, aos 130.285 pontos.

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Grupos rebeldes liderados pelo HTS derrubam regime de Assad na Síria

Rebeldes derrubam regime de Bashar al-Assad na Síria

Em 27 de novembro, grupos rebeldes liderados pelo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) iniciaram uma ofensiva contra o regime de Assad na Síria

Após 13 anos de uma guerra civil sangrenta, rebeldes derrubaram o regime de Bashar al-Assad na Síria neste sábado (7/12).

Os rebeldes sírios liderados por radicais islâmicos anunciaram na televisão pública da Síria a queda do presidente Bashar al-Assad e a “libertação” da capital Damasco, segundo a RFI. O paradeiro de Assad é desconhecido até o momento.

No comando do país desde 2000, o ex-presidente não resistiu à pressão da última ofensiva de grupos opositores liderados pelo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), que desde 27 de novembro tomaram importantes regiões do território sírio.

Assad comandou a Síria por 24 anos, e viu o país mergulhar em um conflito interno em 2011 após uma onda de protestos contra seu governo.

Com a ajuda de aliados como a Rússia e o Irã, ele conseguiu retomar algumas áreas dominadas por grupos de oposição. Sob seu governo, a Síria também viu a ascensão do Estado Islâmico (Isis), que chegou a controlar diversas regiões do país até perder seu último reduto no território sírio, em 2019.

Apesar de a situação na Síria aparentar relativa calma nos últimos anos, a hegemonia de Assad no poder voltou a ser ameaçada no fim de novembro, após a ofensiva liderada pelo HTS. Rapidamente, o grupo jihadista e aliados conquistaram diversas regiões sírias, começando pela segunda maior cidade do país, Aleppo. Nas primeiras 96 horas de conflito, a estimativa é de que os rebeldes tenham capturado cerca de 50 regiões por dia.

Depois de capturar algumas províncias do país, ocupando cidades como Aleppo, Hama e Homs, os jihadistas iniciaram um cerco contra a capital do país e sede do governo, Damasco, neste sábado (7/12). Com informações da RFI, parceira do Metrópoles.

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