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Dom e Bruno foram mortos por tiros de armas de caça

Última atualização 18/06/2022 | 14:15

Em mais um passo na apuração das mortes de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira, a Polícia Federal (PF) confirmou, no final da manhã deste sábado, 18, que parte dos restos mortais encontrados em uma mata no Vale do Javari, região indígena do Amazonas, é do indigenista brasileiro. Nesta sexta, 17, os peritos criminais do Instituto Nacional de Criminalística da PF já haviam confirmado que exames feitos em arcada dentária eram compatíveis com o jornalista. Eles foram mortos com armas de caça.

A PF também anunciou que o brasileiro foi atingido por três tiros e o britânico, por um. O laudo pericial aponta que Dom foi vítima de “traumatismo toracoabdoninal”, que causaram lesões, principalmente, nas regiões torácica e abdominal, como sugere o termo científico. No caso de Bruno, houve ainda trauma cerebral.

Prisão neste sábado e mais detalhes

Ainda na manhã deste sábado, a PF prendeu Jeferson da Silva Lima, também conhecido como ‘Pelado da Dinha’, suspeito de também ter participação no assassinato de Bruno e Dom. Antes de Jeferson, que se entregou ao tomar conhecimento que era procurado por suposta participação no crime, já haviam sido detidos o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, chamado de ‘Pelado’, que confessou ter esquartejado e enterrado os corpos. Na sequência, veio o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, que negou envolvimento. Um quarto homem ainda está na mora da Polícia Federal.

Foi o pescador quem levou a Polícia Federal até o local onde estavam os corpos. O material foi enviado para análise na quinta-feira, 16, e a PF confirmou, nesta sexta, 17, que parte dos restos humanos eram de Dom Phillips.  O Comitê de Crise segue trabalhando para identificar a causa das mortes e a dinâmica do crime. Ainda não há informações sobre Bruno Pereira.

Mais envolvidos, mas sem mandantes

Para a Polícia Federal, as investigações não apontaram a existência de um mandante ou de alguma organização criminosa por trás dos assassinatos. Entretanto, explicou crer na participação de mais pessoas no crime.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) contestou a versão apresentada pela PF. “O requinte de crueldade utilizado na prática do crime evidencia que Pereira e Phillips estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou a todo custo ocultar seus rastros durante a investigação”, frisou nesta sexta, 17, em nota, a Univaja.