Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, é considerado o cardeal mais velho do Brasil, com 88 anos, a mesma idade que tinha o papa Francisco. Mesmo com a idade avançada, ele embarcou para a Itália, onde faz parte do Colégio dos Cardeais no Vaticano. Nesse grupo, discutem-se assuntos urgentes da Igreja Católica e a escolha do novo papa é aguardada.

Nascido em Capela Nova, cidade do Campo das Vertentes em Minas Gerais, Dom Raymundo Damasceno é um dos oito cardeais brasileiros que têm a possibilidade de ser eleito papa no conclave. No entanto, devido à sua idade, ele não tem permissão para votar, já que a idade máxima para participar é de 80 anos. Mesmo assim, sua presença é significativa no grupo.

Antes de partir para Roma, Dom Raymundo expressou à TV Integração suas impressões e expectativas sobre a escolha do novo pontífice. Enquanto fiéis de sua cidade natal e religiosos de Brasília e Aparecida torcem por sua eleição, ele mesmo considera a possibilidade remota devido às suas condições físicas e de saúde.

Durante sua estadia no Vaticano, Dom Raymundo participará ativamente das discussões do Colégio dos Cardeais, onde temas essenciais para a Igreja Católica são abordados. Segundo suas declarações, o novo papa deverá seguir os passos de Francisco, que deixou um legado importante em seus 12 anos de liderança, especialmente no acolhimento e cuidado com os mais vulneráveis da sociedade.

Com uma vasta trajetória religiosa, Dom Raymundo nasceu em Capela Nova e desde cedo dedicou-se à vida eclesiástica. Ordenado padre aos 31 anos, estudou na Itália e na Alemanha, atuou como pároco e posteriormente foi nomeado arcebispo de Aparecida, cargo que ocupou por 13 anos. Além disso, ele teve o privilégio de representar o Vaticano em eventos de grande importância, como a beatificação de Isabel Cristina.

No Brasil, há oito cardeais, sendo sete com direito a voto no conclave. Dom Raymundo, por sua idade avançada, fica fora dessa lista, mas seu papel e representatividade no Colégio dos Cardeais são reconhecidos e respeitados. Sua contribuição e experiência são valorizadas no contexto das discussões e decisões importantes para a Igreja Católica.