No último domingo (27) a cidade de Lytton, na província de Columbia Britânica, tornou-se um dos lugares mais quentes do mundo. No dia seguinte, alcançou a marca de 47,8°C. Na terça-feira (29) ficou ainda mais quente e a onda de calor atingiu seu recorde de 49,6°C.
Nos últimos quatro dias, foram registradas 233 mortes na província. O noroeste dos Estados Unidos, onde temperaturas tendem a não ser tão quentes, também registrou recordes e pegou moradores de surpresa. Especialistas dizem que a mudança climática deve aumentar a frequência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor.
O calor nas partes ocidentais do Canadá e dos Estados Unidos foi causado por uma onda de ar quente de alta pressão que se estende da Califórnia aos territórios árticos. As temperaturas têm diminuído nas áreas costeiras, mas não há muito descanso para as regiões do interior.
Segundo reportagem da Veja, antes de domingo, as temperaturas no Canadá nunca haviam passado dos 45ºC. Desde os anos 1970, cientistas alertam sobre o efeito das mudanças climáticas, que torna as ondas de calor mais frequentes, duradouras e intensas.
A onda de calor atual é raríssimo e ocorre uma vez por milênio, mas o aquecimento causado pelo homem torna extremos como esse mais comuns.
O número de mortes por calor ainda deve aumentar com a comparação dos números. Só em Vancouver, acredita-se que o calor tenha contribuído para a morte inesperada de 65 pessoas desde a última sexta-feira (25). Os bombeiros estão extremamente preocupados com a possibilidade de incêndios florestais.