Dona de clínica responsável pela morte de modelo cursou apenas 3 meses de medicina no Paraguai

Polícia revela que dona de clínica responsável por morte de modelo cursou 3 meses de medicina no Paraguai

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) revelou que Grazielly da Silva Barbosa, responsável pela morte da modelo Aline Maria Ferreira, de 33 anos, durante um procedimento estético no bumbum, se passava por biomédica. No entanto, foi descoberto que a dona de clínica cursou apenas três meses de medicina no Paraguai.

De acordo com a delegada Débora Melo, a clínica de estética de Grazielly em Goiânia foi interditada pela PC, pois não possuía alvará de funcionamento e a investigada não possui nenhuma graduação na área. Além disso, a falsa biomédica teria induzido os consumidores ao erro, realizando serviços de alta periculosidade sem autorização.

A polícia está investigando Grazielly por exercício ilegal da medicina, crimes contra a relação de consumo e possivelmente lesão corporal seguida de morte no caso da modelo Aline. A própria Grazielly admitiu à polícia que não é biomédica e que fez apenas cursos livres de estética. Ela permanece presa. 

Relembre o caso

A Vigilância Sanitária interditou uma clínica de estética em Goiânia após uma influenciadora, Aline Maria Ferreira, morrer de complicações de saúde após passar por um procedimento estético para aumentar os glúteos com a aplicação de PMMA. A dona da clínica, Grazielly da Silva Barbosa, foi presa suspeita de crimes contra as relações de consumo, sendo que nenhum registro profissional foi encontrado em seu nome no Conselho Regional de Biomedicina de Goiás.

Aline, de 33 anos, faleceu em um hospital particular de Brasília, onde foi internada após passar mal com desconforto abdominal e febre após o procedimento estético. Ela foi transferida para um hospital público devido à falta de plano de saúde e acabou sofrendo uma parada cardíaca e falecendo. O corpo dela será sepultado no Cemitério Campo da Esperança do Gama, no Distrito Federal.

A influenciadora deixou dois filhos e seu marido, além de mais de 40 mil seguidores nas redes sociais. A família alega que Aline já havia passado por diversos procedimentos na clínica interditada em Goiânia e que confiou na dona do estabelecimento para o procedimento com PMMA. A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor, investiga o caso e a prisão da dona da clínica foi realizada como parte das investigações.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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