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Dona de clínica responsável pela morte de modelo cursou apenas 3 meses de medicina no Paraguai

Última atualização 04/07/2024 | 13:18

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) revelou que Grazielly da Silva Barbosa, responsável pela morte da modelo Aline Maria Ferreira, de 33 anos, durante um procedimento estético no bumbum, se passava por biomédica. No entanto, foi descoberto que a dona de clínica cursou apenas três meses de medicina no Paraguai.

De acordo com a delegada Débora Melo, a clínica de estética de Grazielly em Goiânia foi interditada pela PC, pois não possuía alvará de funcionamento e a investigada não possui nenhuma graduação na área. Além disso, a falsa biomédica teria induzido os consumidores ao erro, realizando serviços de alta periculosidade sem autorização.

A polícia está investigando Grazielly por exercício ilegal da medicina, crimes contra a relação de consumo e possivelmente lesão corporal seguida de morte no caso da modelo Aline. A própria Grazielly admitiu à polícia que não é biomédica e que fez apenas cursos livres de estética. Ela permanece presa. 

Relembre o caso

A Vigilância Sanitária interditou uma clínica de estética em Goiânia após uma influenciadora, Aline Maria Ferreira, morrer de complicações de saúde após passar por um procedimento estético para aumentar os glúteos com a aplicação de PMMA. A dona da clínica, Grazielly da Silva Barbosa, foi presa suspeita de crimes contra as relações de consumo, sendo que nenhum registro profissional foi encontrado em seu nome no Conselho Regional de Biomedicina de Goiás.

Aline, de 33 anos, faleceu em um hospital particular de Brasília, onde foi internada após passar mal com desconforto abdominal e febre após o procedimento estético. Ela foi transferida para um hospital público devido à falta de plano de saúde e acabou sofrendo uma parada cardíaca e falecendo. O corpo dela será sepultado no Cemitério Campo da Esperança do Gama, no Distrito Federal.

A influenciadora deixou dois filhos e seu marido, além de mais de 40 mil seguidores nas redes sociais. A família alega que Aline já havia passado por diversos procedimentos na clínica interditada em Goiânia e que confiou na dona do estabelecimento para o procedimento com PMMA. A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor, investiga o caso e a prisão da dona da clínica foi realizada como parte das investigações.