Dona de creche clandestina em Sertãozinho é presa por tortura infantil

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Dona de creche clandestina em Sertãozinho, SP, é presa por tortura e maus-tratos a nove crianças.

Entre as vítimas, estão dois irmãos autistas, de 4 e 2 anos. As agressões foram filmadas por uma adolescente contratada ilegalmente para trabalhar no local, conforme relato do Ministério Público.

Mulher acusada de torturar crianças em creche é presa em Sertãozinho, SP. A dona de uma creche em Sertãozinho (SP) foi presa nesta quarta-feira (4) por suspeita de torturar e praticar violência psicológica contra, pelo menos, nove crianças que frequentavam o local.

As agressões aconteceram repetidas vezes ao longo de 2024, e o caso veio à tona por meio de uma adolescente contratada para trabalhar na creche clandestina. A jovem filmou momentos de violência e alertou as famílias das crianças agredidas.

Em maio deste ano, a Justiça decretou a prisão preventiva de Jeniffer Souza Batista, proprietária da creche, que estava foragida. Ela foi localizada em Pontal (SP) e encaminhada à cadeia, aguardando audiência de custódia.

A creche clandestina funcionava em uma casa no bairro Jardim Liberdade, em Sertãozinho, sem autorização da Vigilância Sanitária e dos bombeiros. A denúncia do Ministério Público revela que a mulher também contratou ilegalmente duas adolescentes para cuidar das crianças.

Jennifer é investigada por nove crimes de tortura e violência psicológica contra as crianças, incluindo discriminação, devido a duas das vítimas serem autistas, e constrangimento em relação às adolescentes contratadas irregularmente, de acordo com o MP.

A promotora Marília Bononi Francisco revelou que, além das agressões, as crianças também sofriam violência psicológica e eram negligenciadas quanto à alimentação adequada. O caso está sob a responsabilidade da Delegacia de Sertãozinho e foi relatado ao Poder Judiciário.

O Conselho Tutelar de Sertãozinho acompanha o caso e, após a exposição das agressões, a creche foi fechada. A promotora destacou que as crianças eram privadas de alimentação adequada, com relatos de uma única marmita para todos os menores e tratamento agressivo, especialmente aos irmãos autistas.

É fundamental que casos como esse sejam denunciados e acompanhados pelas autoridades competentes, a fim de garantir a proteção e a segurança das crianças que frequentam esse tipo de estabelecimento. Os cuidados com a escolha de creches são essenciais para evitar situações de negligência e violência contra os menores. A conscientização da comunidade e a atuação dos órgãos responsáveis são cruciais para coibir práticas abusivas como as relatadas nesse caso lamentável.

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