Com 19 anos de história, a quadrilha Dona Matuta recebe o título de Patrimônio Cultural Imaterial da cidade do Recife. Fundado em 2006 no bairro de San Martin, na Zona Oeste da cidade, o grupo junino fez história ao se tornar o primeiro a conquistar esse reconhecimento. O projeto de lei, de autoria da vereadora Natália de Menudo (PSB), foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal, aguardando agora a sanção do prefeito João Campos (PSB).
Vanbaster Oliveira, integrante do grupo há quase 15 anos e parte da diretoria, celebra a conquista com alegria, visto que a Dona Matuta completou 19 anos de existência no mesmo mês. Ele destaca que o prêmio representa o reconhecimento de toda a trajetória da quadrilha desde a sua fundação até o presente momento, recebendo-o como um presente especial para marcar essa data significativa.
Com cerca de 170 integrantes, sendo 120 dançarinos e aproximadamente 50 envolvidos na produção do espetáculo, a Dona Matuta envolve uma grande cadeia produtiva e econômica na cidade. Desde costureiros a aderecistas, serralheiros e coreógrafos, o grupo movimenta diversos setores locais, valorizando assim a arte e a cultura da região.
A próxima apresentação da Dona Matuta está marcada para o dia 8 de junho, tendo como tema central o combate à fome. O espetáculo homenageará figuras importantes como Herbert de Souza, Josué de Castro, Dom Hélder Câmara e Carolina Maria de Jesus, refletindo sobre a importância das lutas e causas sociais. Inspirada na música de Caetano Veloso, o tema “Gente é para brilhar, não para morrer de fome” promete trazer uma apresentação festiva e reflexiva.
Para participar do evento, que ocorrerá no Clube Português às 19h, basta levar 1 kg de alimento não perecível como entrada. A Dona Matuta busca não só celebrar o São João, mas também levantar discussões importantes sobre temas sociais relevantes. A apresentação promete ser um espetáculo cheio de energia e significado, unindo arte e conscientização em um só momento.
