Donald Trump diz que não vai na posse de Joe Biden

Na noite desta quinta-feira, 7, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou um vídeo em suas redes sociais falando sobre os acontecimentos de quarta-feira no Capitólio, onde manifestantes conservadores entraram no Congresso e a confirmação da eleição presidencial teve de ser interrompida. Pelo menos 5 pessoas foram mortas na ocasião, segundo a Polícia Metropolitana de Washington.

“Como todos os americanos, eu estou ultrajado pela violência. América sempre será uma nação de lei e ordem. Para aqueles que usaram de violência e destruição, vocês não representam o país. Vocês, que infringiram a lei, vão pagar”, prometeu o bilionário.

Trump defendeu que apesar de uma eleição tensa, agora é hora de calma. “Minha administração tentou de todas as maneiras legais para contestar a eleição. Minha única realização foi garantir a integridade do voto. Eu estava lutando para defender a democracia dos Estados Unidos. Continuo acreditando na necessidade de reformas eleitorais”, afirmou o comunicado, com mais de 220 mil compartilhamentos até agora.

Por fim, o presidente republicano garantiu uma transição pacífica, e falou em “cura e reconciliação”. Disse que a América será reconstruída com patriotismo, fé, caridade, comunidade e família, e que precisa de “amor e lealdade”.

Há poucos minutos, ainda na tarde desta sexta-feira, Trump revelou que não vai à posse do oponente, Joe Biden. “Para todos aqueles que têm perguntado, eu não irei na Inauguração, em 20 de janeiro”.

 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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