Donald Trump fala em adiar eleições presidenciais americanas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou a possibilidade de adiar as eleições presidenciais americanas, que estão marcadas para o dia 3 de Novembro de 2020. Mas, para isso, Trump precisa de aprovação do Congresso.

O magnata e líder norte-americano justificou que não confia na legalidade das votações por correio, insinuando possível fraude. E logo sugeriu: “adiar as eleições até que as pessoas possam votar com segurança?”.

Também chamou chamou o novo modelo eleitoral de “o maior risco” para a sua reeleição. A fala não é inédita: já no mês passado, Trump disse a seus eleitores no estado do Arizona que “está será, na minha opinião, a eleição mais corrupta da história do nosso país”.

A aprovação do presidente tinha subido durante a pandemia, inclusive entre os democratas opositores. Mas, com as eleições se aproximando, a mídia internacional vem destacando um possível favoritismo de seu oponente, Joe Biden, apelidado por Trump de “sleepy Joe”, ou “Joe dorminhoco”.

O apelido é uma referência às falas confusas do candidato, e da sua falta de eloquência para falar com o público. É comparado, nas redes sociais, com Dilma Rousseff, por causa de seus discursos considerados “confusos”.

Para Donald Trump, é vantagem que as eleições sejam prorrogadas, já que ocupa o mandato atual e corre risco de, em breve, deixar a Casa Branca.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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