Donald Trump irá visitar o Papa em maio

O presidente dos EUA, Donald Trump, será recebido em uma audiência no Vaticano pelo Papa Francisco no final de maio. Na ocasião o novo ocupante da Casa Branca viaja para a Itália para a reunião do G7 (as sete principais potencias mundiais), que será em Taormina, Sicília, nos dias 26 e 27 do mesmo mês.A informação foi relatada ontem no semanário católico progressista o “The Tablet”, que circula no Vaticano.

Os últimos Presidentes Barack Obama e George Bush também já se aproveitaram da reunião do G8 para fazer a visita (Rússia até então fazia parte do grupo até que foi suspensa por conta do conflito com a Ucrânia e a anexação da Criméia). O Vaticano disse por meio do The Tablet, que se Trump não aproveitasse a oportunidade para se reunir com o Papa, este gesto “seria considerado uma afronta.”

O Papa e Trump já trocaram faíscas em mais de uma ocasião. Em fevereiro do ano passado, quando Francisco viajou para o México, o Papa criticou as promessas do então candidato Donald Trump de deportar imigrantes, e criar um muro na fronteira de 3.000 quilômetros com o México.

“uma pessoa que só pensa em levantar paredes, onde quer que seja, e não fazer pontes, não cristão”, disse francisco

Na ocasião Trump descreveu o Papa como “uma pessoa muito política, que não entende os problemas do nosso país”.

Outro momento controverso na relação foi quando Papa disse em uma entrevista ao jornal espanhol El Pais. Falndo sobre Trump o Papa criticou “os movimentos populistas extremistas”, após “os desastres causados pelo processo de globalização”.

O Vaticano em nota também criticou o presidente Trump por suas ordens executivas que proíbem que cidadãos de sete países de maioria islâmica entrem nos EUA.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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