Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, trouxe à tona na última quinta-feira (3) uma novidade que promete mexer com o cenário da imigração americana: o chamado “gold card”. Anunciado pela primeira vez em fevereiro, esse cartão garantirá cidadania americana mediante o pagamento de US$ 5 milhões.

Em sua apresentação, Trump destacou a exclusividade do “gold card” ao afirmar que ele seria o primeiro comprador. Com entusiasmo, o presidente declarou: “Cinco milhões. Por US$ 5 milhões, isso pode ser seu. Foi o primeiro dos cards. Você sabe o que é esse card? É o Gold Card, o Trump Card”.

Questionado sobre quem seria o segundo comprador, Trump desconversou e limitou-se a dizer que o cartão estaria disponível em menos de duas semanas. O anúncio foi feito enquanto o presidente viajava para Miami a bordo do Air Force One.

A proposta do “gold card” de Trump não passou despercebida, despertando curiosidade e críticas. Em contrapartida, o green card, um visto de residência permanente nos EUA, é amplamente conhecido por não impor restrições aos seus portadores. Com direitos equiparados aos de cidadãos americanos natos, o green card é uma alternativa de imigração consolidada.

O novo cartão proposto pelo governo americano tem o intuito de substituir o programa EB-5, que atualmente garante green cards a estrangeiros que realizam investimentos nos EUA. Para isso, o investimento mínimo exigido é de US$ 1,05 milhão, ou US$ 800 mil em áreas economicamente desfavorecidas.

Howard Lutnick, secretário de Comércio, destaca que o “gold card” visa aprimorar o cenário de imigração e investimentos no país. A proposta, no entanto, tem gerado controvérsias e exigirá ação do Congresso para sua implementação ou modificações significantes.

Com a introdução do “gold card”, o panorama da imigração nos EUA ganha mais uma camada de complexidade. Enquanto isso, a diferença entre green card e gold card permanece como um ponto de discussão e reflexão para especialistas no campo da imigração e legislação americana.