Dono de carvoaria clandestina é preso em Itumbiara

Homem de 48 anos, foi preso em Itumbiara, nesta terça-feira,17, um homem suspeito de manter uma carvoaria clandestina em uma área de preservação permanente.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Irineu Passarini, o local está sobre preservação ambiental há cerca 5 anos.

A Polícia Civil (PC) informou que, uma denúncia anônima sobre a atividade ilegal foi feita na Agência Municipal do Meio Ambiente de Itumbiara (AMMAI), que solicitou a PC o direcionamento de agentes para o local, onde efetivou a prisão do proprietário.

Irineu explicou que o homem havia tentado regularizar as atividades na AMMAI, mas não conseguiu obter as licenças e autorizações pertinentes ao exercício da carvoaria.

Apesar de não conseguir a liberação, o homem permaneceu com a carvoaria, que possui dois fornos dentro da área de preservação permanente, e ainda cortava árvores sem autorização dos órgãos responsáveis.

O homem ainda responderá por posse ilegal de armas de fogo, que foram encontradas pelos agentes responsáveis durante prisão.

“Se condenado, o dono do local pode pegar mais de 5 anos de prisão”, disse o delegado.

Segundo o delegado responsável pelo caso, foram encontrados pelos agentes da PC diversos sacos de carvão que seriam comercializados em Itumbiara de maneira irregular. Dois funcionários da carvoaria, que chegaram no local após a ação policial, devem prestar depoimentos como testemunhas.

“Uma equipe da Ammai e da Polícia Técnico-Científica estiveram no local e, após as conclusões dos relatórios técnicos e dos laudos periciais, mais crimes ambientais poderão ser imputados ao suspeito” informou a Polícia Civil.

 

 

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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