Doses de Coronavac encalham após cumprimento de acordo com Ministério da Saúde

O Instituto Butantan tem 15 milhões de doses de vacina contra covid encalhadas. O quantitativo foi produzido adicionalmente às 100 milhões de Coronavac encomendadas e entregues ao Ministério da Saúde. A expectativa do centro de pesquisa era repassar o montante extra à própria pasta, o que não ocorreu. Por isso, o local interrompeu a produção e trabalha apenas sob encomenda.

Uma alternativa para essas doses seria a exportação, mas não houve interesse de representantes no exterior. O governador de São Paulo, João Doria, havia requisitado 8 milhões de doses para aplicação em crianças.

O uso foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta semana, mas apenas para aquelas acima de 6 anos. As tratativas com o Ministério da Saúde foram retomadas para que as outras 7 milhões de doses sejam usada nos pequenos. Antes de assinar contrato com o Instituto, a pasta realiza um balanço do estoque de imunizantes e somente depois informará a decisão.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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