O principal suspeito e réu no caso do menino Henry, Dr. Jairinho, foi indiciado pela tortura de mais um criança, filho de uma suposta amante, pela Delegacia Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro. Na época do crime, a vítima teria 3 anos de idade. Além de Jairinho, a mãe da criança também foi indiciada por omissão e tortura imprópria. Os dois responderão também por falsidade ideológica por terem prestado informações falsas no hospital.
A investigação foi feita durante dois meses e comprovou a tortura da criança após checagem do Boletim de Atendimento Médico, documentos e depoimentos de testemunha, da vítima e da irmã da criança. De acordo com a polícia, o menino teria sofrido sufocamento com um saco na cabeça e pisões no abdômen. Além disso a criança teve uma grave fratura de fêmur, causada após tentar fugir do agressor, saindo do carro. Todos os crimes teriam ocorrido em 2015 e a criança teria ficado dois meses impossibilitada de andar.
Débora Saraiva, mãe do menino e então namorada de Jairinho, teria dito a polícia durante seu depoimento que passeava com o filho de 3 anos em um shopping na Zona Oeste do Rio, quando recebeu uma ligação. Jairinho pediu para a mãe que levasse o menino em uma festa, sozinho. A mão consentiu e, quinze minutos depois, após deixar o menino com Jairinho no estacionamento, recebeu um telefonema informando que a criança havia fraturado o fêmur.
Nos documentos analisados pela delegacia, uma psicóloga do hospital onde o menino foi levado relatou que ele chorava e que não queria entrar no veículo onde se acidentou. O casal alegou que a fratura e outras lesões teriam acontecido por causa de um ”acidente automobilístico”, passando a informação falsa para inclusão de um documento público.
Além da fratura no fêmur, o menino ainda tinha hematomas na bochecha e assaduras nos glúteos, o que comprova outras agressões sofridas. Débora, mãe da vítima, continuou vivendo em um imóvel que pertencia a Jairinho e não comunicou as agressões a autoridade, além de permitir que a criança saísse sozinha com o agressor mais vezes.
Dr Jairinho ainda é investigado pela DCAV por outros inquéritos em andamento, com a possibilidade de haver mais vítimas.
Caso Henry
Dr Jairinho é acusado da morte do menino Henry, de 4 anos, junto a mãe da criança, Monique Medeiros. A criança morreu após uma série de agressões que vinha sofrendo do vereador no dia 8 de março, quando foi encontrando deitado no chão por sua mãe em um quarto do apartamento onde morava com Jairinho. Os dois são acusados homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo.