Dra. Cristina: a candidata que enfrenta o próprio partido (PL) nas eleições de Goiânia

A entrevistada de hoje no DE eleições é a vereadora Cristina, atual candidata à prefeitura de Goiânia. Ela enfrenta, neste momento, um impasse com o próprio partido, o PL. 

No começo, lembrou Dra. Cristina, tudo eram flores com o Partido Liberal. “Fui em busca de um partido e o PL me garantiu que eu seria candidata. Só não seria se não quisesse”. A vereadora de Goiânia tinha motivos para estar ansiosa com a candidatura a prefeitura da cidade: “Para uma vereadora concorrendo com deputado estadual, federal, senador, ex-governador, meu nome apareceu muito bem, empatado no 4º lugar das intenções de voto”. No entanto, a candidatura não seria tão fácil quanto Dra. Cristina imaginava. Pelo menos até a convenção, tudo aprecia acertado: fui ovacionada.

As coisas começaram a desandar após conversa com seu oponente, Maguito Vilela (MDB): “Eu disse ao Maguito que tinha total disposição de conversar para um segundo turno, mas naquele momento seguiria candidatura própria”, contou. “Ele ficou visivelmente contrariado, me ligou mais duas vezes”, lembra Cristina. “Fui convidada para ser vice de praticamente todas as candidaturas, exceto a do Vanderlan (PSD) e a do Maguito“. Se o tucano tivesse lhe perguntado antes, ela não descartaria completar a chapa.

Enquanto isso, dentro da sede do PL, ela se lembrou: “Eu estava lá, 11 da manhã para fazer registro da ata de convenção, quando recebi o telefonema do presidente do partido, Flávio Canedo, dizendo: ‘vereadora, eu vou fazer uma intervenção partidária: você não é mais a candidata a prefeita de Goiânia pelo PL“, se recorda. “Faltou perna pra eu ficar em pé, minha vontade era aquela coisa primitiva, de derrubar tudo“. Na entrevista, a vereadora garantiu que movimentou tudo o que podia para que isso se revertesse dentro do partido e fosse mantida a decisão da convenção de que ela seria a candidata.

“Isso é falsidade ideológica”, acusa. “Eles fraudaram a ata da convenção”. Até o presidente do PL nacional, José Tadeu Candelária, entrou na conversa: “ele me disse que eu não estava bem nas pesquisas e que faria o partido passar vergonha: primeiro, que isso não é verdade. Em várias pesquisas eu estou bem e em outras muito bem“. Mas foi em vão: o PL não só apoiou Maguito Vilela em Goiânia, como “disseram que na convenção tinha sido aprovada essa mesma determinação”, relata Cristina.

Agora, a situação é a seguinte: ela entrou na Justiça contra o partido, e por enquanto, venceu. “Sou candidata, já com o CNPJ em mãos. O partido deve recorrer, eu não sei”. Mas o que ela sabe é que está determinada a ser a próxima prefeita de Goiânia.

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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