Draga usada no alargamento da praia de Balneário Camboriú chega a Santa Catarina para nova megaobra inédita no Brasil. O serviço será realizado em Itapoá, uma cidade com a maior extensão litorânea do estado e que enfrenta problemas de erosão marítima. O volume de areia utilizado nessa obra é mais do que o dobro do utilizado na Praia Central.
A draga Galileo Galilei, embarcação que foi usada nos trabalhos de alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú, chegou a Itapoá na sexta-feira (3). O equipamento será empregado em uma megaobra para ampliar em pelo menos 30 metros a faixa para banhistas e na dragagem do canal de acesso aos principais portos do Norte de Santa Catarina.
O novo serviço será pioneiro no país e a realização da dragagem depende da autorização ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A iniciativa é uma parceria entre o governo estadual e a iniciativa privada, prevendo a retirada de 12,5 milhões de metros cúbicos de areia do fundo da Baía da Babitonga. Parte desse material será depositado na orla de Itapoá para lidar com a erosão causada pelo mar.
Com a autorização, a preparação da tubulação será concluída e a dragagem do canal externo do porto deve começar em breve. A draga do tipo hopper tem capacidade de cisterna de 18 mil m³ e as expectativas são de que o alargamento contribua para conter a erosão marítima e beneficie tanto a operação portuária quanto os banhistas.
A obra de dragagem busca aumentar a profundidade do estuário para dar acesso aos portos locais, permitindo operações de navios maiores. O projeto de alargamento da faixa de areia visa ampliar a área disponível para os banhistas ao longo de cerca de 10 quilômetros em Itapoá. Em alguns pontos, a faixa de areia pode ser engordada em mais de 100 metros.
A diferença entre as obras feitas em Balneário Camboriú e em Itapoá está na quantidade de sedimentos depositados, nos locais de origem da dragagem e na extensão do alargamento da faixa de areia. Enquanto Balneário Camboriú recebeu 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos da dragagem do canal da Baía da Babitonga, Itapoá terá 6,4 milhões depositados em sua orla, ampliando a faixa para banhistas em 30 metros ao longo de 10 quilômetros.
A expectativa é de melhorias significativas com essas intervenções, que visam não só o setor portuário, mas também o lazer e a segurança na região litorânea de Santa Catarina. Com a obra em andamento, novos horizontes se abrem para a utilização da praia em Itapoá, contribuindo para a economia local e para o bem-estar dos moradores e turistas que frequentam a região costeira.