Os drones utilizados pelo tráfico de drogas para lançarem explosivos em policiais têm se mostrado uma escalada alarmante no poderio bélico dos criminosos. Equipados com garras semelhantes às de máquinas usadas para pegar bichos de pelúcia, esses drones podem, de forma remota, carregar granadas e explosivos para serem lançados de forma letal. As imagens dos drones controlados por traficantes durante a megaoperação nos complexos da Penha e Alemão, na Zona Norte do Rio, ilustram a perigosa realidade enfrentada pelas forças policiais.
A investigação da Polícia Federal revelou que o envolvimento de um cabo da Marinha na pilotagem dos drones para o tráfico acrescenta uma camada de complexidade a essa questão. Além disso, as autoridades também descobriram que criminosos de outros estados têm buscado adquirir esses equipamentos ilegais para uso em atividades ilícitas, como o transporte de drogas e celulares para presídios. O uso crescente desses drones pelos traficantes representa um desafio cada vez maior para as forças de segurança.
A primeira vez que esses drones foram utilizados em um ataque foi em uma disputa entre traficantes do Comando Vermelho do Complexo do Alemão e o Complexo de Israel, controlado pelo Terceiro Comando Puro. Desde então, o emprego dessas aeronaves se popularizou entre os criminosos, que veem nesse equipamento uma oportunidade de aumentar sua capacidade de ataque. O modelo com garra adaptada se tornou uma ferramenta letal para lançar explosivos à distância.
Para combater a ameaça representada pelos drones, os traficantes têm buscado adquirir fuzis antidrones de forma ilegal. Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram a negociação de compra desses equipamentos, indicando um escalonamento da violência e da sofisticação das táticas utilizadas pelos criminosos. Com a megaoperação realizada nos complexos da Penha e Alemão, as autoridades esperam conter o avanço do Comando Vermelho e coibir essas atividades ilícitas. A operação mobilizou um contingente significativo de policiais e promotores, mas a complexidade do cenário exige estratégias cada vez mais eficazes para lidar com essa nova ameaça.



