Duas pessoas morrem em acidentes na GO-020 e BR-153, na noite desta quarta, 24

Foto mostra moto caída na BR-153, em acidente que matou o condutor

Dois acidentes de trânsito. Duas mortes. A triste estatística foi mais uma vez ampliada na noite desta quarta-feira, 24, nas rodovias GO-020, entre Goiânia e Goianira; e na BR-153 entre a capital e Anápolis.

O primeiro, na GO-020, foi registrado por volta das 19h, e envolveu o caminhoneiro Jair Patrocínio de Moraes, que atropelou um pedestre, de forma involuntária. À agentes da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) de Goiânia, ele contou que acabara de fazer entrega no frigorífico JBS e se encaminhava para Goianira, onde lavaria o caminhão, quando foi surpreendido por uma pessoa que se jogou na frente do veículo.

O motorista explicou que estava na altura do Km 5 da rodovia, no Setor Parque Maracanã, em Goiânia, e que não teve como evitar o atropelamento, já que a vítima, uma mulher aparentando cerca de 60 anos, teria saído do canteiro central de forma repentina e se atirado. Ele chegou a dizer que acreditava se tratar de uma tentativa de suicídio, dada a forma que a mulher agiu.

Caminhão atropela mulher, que segundo o motorista, teria se atirado na frente do veículo (Foto: Divulgação / Dict)

Jair, que ficou no local do acidente aguardando a chegada da polícia, disse ainda que a mulher foi atropelada por outros veículos que vinham atrás do caminhão, mas não soube precisar marcas, modelos ou placas. Ele explicou que circulava em velocidade aproximada de 70km/h e não estava alcoolizado, o que foi constatado por meio de teste do bafômetro.

A ocorrência foi atendida pela Dict e também por homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar (PM), Instituto Médico Legal (IML) e Instituto de Criminalística.

Batida na BR-153

Já por volta das 21h, José Luiz Boa da Silva, 42 anos, acabou batendo contra o guard rail central da BR-153, nas proximidades da ponte do Rio Meia Ponte. Na sequência, ele ainda perdeu o controle da direção e caiu no meio da via, morrendo no local.

Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Dict atenderam a ocorrência, mas ainda não há detalhes sobre o acidente, se a vítima chegou a colidir com outro veículo ou se o condutor apenas perdeu o controle. Também não foram encontradas testemunhas que pudessem informar o destino da vítima ou algum outro detalhe do caso.

Também estiveram no local do acidente os bombeiros, IML e IC.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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