Dupla é presa suspeita de falsificar documentos para tirar dinheiro de idosos, em Trindade

Dois homens foram presos em flagrante com documentos falsos e armas de fogo, em Trindade, região Metropolitana de Goiânia. Com os suspeitos, a Polícia Militar (PM) encontrou 12 carteiras de trabalho fraudadas e cinco armas de fogo. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira (22), na rua 35 b, no bairro Samara. Os suspeitos foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Trindade.

Para o Diário do Estado, o Soldado Cristiano informou que ao perceber a presença da viatura um indivíduo fugiu para o interior de uma residência. O suspeito estava em posse de uma pistola calibre 9 milímetros.

Durante a abordagem, o acusado informou que teria comprado a arma de um segundo suspeito, também residente do município. Com o segundo envolvido, então, os policiais encontraram um revólver calibre 32, dois revólveres calibre 38 e munições. Além disso, também foi encontrado uma quantia em dinheiro somando um total de R$ 4.700 em espécie.

Carteiras de trabalho falsificadas. Foto: Divulgação PM

De acordo com os militares, as 12 carteiras estavam com a foto de um idoso, porém, com nomes e dados diferentes. A PM acredita que os suspeitos alteravam os documentos para poder cometer fraudes financeiras com as falsas identidades.

“Eles falsificavam os documentos para poder fraudar benefícios de idosos, pessoas que estão com dinheiro retido na previdência. Eles faziam toda a documentação necessária para apresentar e retirar esse dinheiro”, explicou o Soldado Cristiano.

Os suspeitos foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Trindade, onde foram autuados por comercialização e porte de arma. Até o fechamento desta matérias às 11h40, eles continuavam presos.

Sobre os documentos falsificados, a Polícia Civil informou que vai investigar o caso.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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