Durante campanha, Ciro é ameaçado por homem que se declara bolsonarista

Um dia após um bolsonarista ameaçar o ex-presidenciável nas últimas eleições, Guilherme Boulos (PSOL), candidato a deputado federal este ano, o atual postulante ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes (PDT), passou pelo mesmo susto. A equipe do pedetista afirma que a agressão ocorreu em Porto Alegre (RS) neste sábado, 10, e foi necessária a intervenção de policiais federais.

O homem teria dito que estava armado, mas a revista policial não encontrou nada suspeito. Antes da confusão, ele teria gritado “Aqui é Bolsonaro”. O caso ocorreu durante um ato de campanha em um acampamento Farroupilha em Porto Alegre,  no Rio Grande do Sul.

“Os policiais federais que fazem parte da equipe de segurança de Ciro precisaram retirar o agressor do local para que nada mais grave acontecesse. A equipe jurídica de Ciro já registrou Boletim de Ocorrência para que o caso seja apurado e as medidas legais contra o agressor sejam cumpridas”, informou a equipe por meio de nota. 

Ainda na noite de ontem, Ciro se manifestou em sua conta pessoal no Twitter. “ Tá tudo bem, não aconteceu nada comigo. Mas, como vocês sabem, eu tô trabalhando, tô andando na rua, abraçando o povo, conversando, ouvindo”, esclareceu.

Sobre o incidente com Boulos, o susto ocorreu durante uma panfletagem em São Bernardo do Campo, no interior de São Paulo. Um homem teria mostrado uma arma para ele, que concorre a deputado federal, e a apoiadores, gritado “Eu sou Bolsonaro” e levantado a camiseta para exibir um revólver enquanto colocava as mãos no cabo da arma. O candidato declarou prometeu solicitar apuração do nome do responsável e ingressar com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE). 

Nesta semana, um bolsonarista chegou a matar um colega petista com  golpes de facas e um machado e ainda tentado decapitar a vítima. A polícia trata o caso como crime com motivação política. Nos últimos dez dias houve também tiros dentro de igreja e agressões em comícios.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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