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Durante discurso do bicentenário, Bolsonaro ataca: ‘luta do bem contra o mal’

Última atualização 07/09/2022 | 17:30

O bicentenário da Independência do Brasil, comemorado nesta quarta-feira, 7, não passou em branco para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que aproveitou a data para promover discurso durante eventos em Brasília. Segundo ele, a ‘vontade do povo’ se fará presente no primeiro turno das eleições, marcado para o próximo dia 2 de outubro. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não ficou para trás e também discursou.

Durante o diálogo, que durou aproximadamente 15 minutos, Bolsonaro voltou a falar sobre a suposta ‘luta do bem contra o mal’. O mandatário da República não teceu críticas às urnas eletrônicas nem ao Supremo Tribunal Federal (STF), embora tenha citado a Corte.

Após participar de desfile cívico-militar em comemoração ao Bicentenário da Independência, o chefe do Executivo federal marcou presença em ato político em frente ao Congresso Nacional.

“Hoje todos sabem quem é o Poder Executivo, todos sabem o que é a Câmara dos Deputados, todos sabem o que é o Senado Federal. E também todos sabem o que é o Supremo Tribunal Federal. Podem ter certeza, é obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da Constituição. Com uma reeleição, nós traremos para dentro das quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora dela”, disse.

‘Batalha pela nação’

Durante discurso, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, também reforçou a luta do ‘bem contra o mal’ e disse que a batalha pela nação é feita com justiça, verdade e amor. Ainda de acordo com ela, com esses três princípios, o ‘inimigo não vai vencer’.

“Estamos aqui lutando pelo bem maior, que é a nossa família e a nossa liberdade. Estamos aqui lutando por princípios e valores que Deus estabeleceu na te. Nós declaramos que esta nação pertence ao Senhor Jesus. Nós declaramos que esta nação é abençoada por Deus. O agro é abençoado por Deus. A família, ela é abençoada e é projeto de Deus. A vida desde a concepção é um projeto de Deus”, afirmou.

Bolsonaro no 7 de Setembro

Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vinha exaltando o 7 de Setembro – data em que o mandatário do país medirá forças frente à proximidade com as eleições. Ao longo das agendas de campanha, ele convocou apoiadores a comparecerem ao que chamou de “atos em defesa da liberdade”, em Brasília (DF) e em Copacabana (RJ).

O presidente chegou à Esplanada dos Ministérios por volta de 8h40, acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Após descer do comboio presidencial, no início da avenida, o chefe do Executivo subiu no Rolls-Royce, o carro oficial da Presidência da República, até o palanque.

Bolsonaro puxa coro “imbrochável”

Ainda durante a comemoração do bicentenário, Bolsonaro puxou o coro “imbrochável” após dizer que Michelle Bolsonaro é uma mulher ativa na vida dele e que muitas vezes ela não está ao lado e sim a frente dele. Ele completou o discurso dizendo para os solteiros casarem.

“E eu tenho falado para os homens solteiros, para os solteiros que estão cansados de ser infelizes. Procure uma mulher, uma princesa, se casem com ela, para serem mais felizes ainda”, disse Bolsonaro.

Logo na sequência, o presidente beijou a primeira-dama e, ao ouvir gritos dos que acompanhavam o discurso, puxou coro de “imbrochável, imbrochável, imbrochável”.

Sem citar nomes, mas deixando a entender que se tratava de Rosângela da Silva, esposa de Lula (PT), Bolsonaro sugeriu ainda a comparação entre as primeiras-damas. “Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas. Não há o que discutir”, afirmou Bolsonaro. (Vídeo ao final do texto)

Bicentenário de Bolsonaro

Bolsonaro desembarcou no Rio de Janeiro no começo da tarde desta quarta, após cumprir a programação na capital federal. Ele foi à cidade carioca para participar de uma motociata no bairro de Copacabana. Já às 15h, na orla da praia, ele deve fazer novo discurso, desta vez mais longo e com cunho mais eleitoral.

O mandatário tem sido orientado a não criar uma nova crise entre Poderes durante sua fala, como ocorreu no ano passado. No 7 de Setembro de 2021, o chefe do Executivo federal disse que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).