“É possível aliar desenvolvimento e preservação”, diz subsecretário da Semad

Aliar o desenvolvimento e a preservação do Cerrado foi uma das ideias abordadas pelo subsecretário de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), José Bento da Rocha, durante a abertura da Semana da Água, nesta quarta-feira, 22, Dia Mundial da Água. “Nós nos pautamos pela necessidade de se aliar desenvolvimento à preservação. É claro que há a necessidade de se preservar o Cerrado, mas é também importante continuar o desenvolvimento”, disse Bento.

O subsecretário também abordou a relação do Estado com os produtores e empreendedores interessados em investir em Goiás. “O privado que quer empreender aqui é bem-vindo. Queremos sempre que ele faça de acordo com as regras. Para tanto, atuamos constantemente para facilitar a ação das pessoas que venham investir e atuar no Estado. Além de mostrar nossa receptividade, precisamos também deixar claro que temos regras para seguir e ficaremos atentos ao monitoramento do cumprimento dessas regras.”

A abertura do evento foi feita pela deputada estadual Rosângela Rezende, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. A parlamentar destacou a atuação da Semad em prol da preservação das águas do Cerrado e ressaltou a importância do bioma para o País. “É preciso dizer que nosso Cerrado e essas ações que fazemos em conjunto com administração pública e sociedade são importantes para garantirmos a nossa existência e a continuidade desse segundo maior bioma do nosso País. A responsabilidade desse solo é gigante”, disse Rezende.

O presidente da Saneago, Ricardo José Soavinski, também integrou a mesa de abertura da Semana da Água e dedicou parte da sua fala a propor uma reflexão aos agentes públicos que cuidam dos recursos hídricos. “Precisamos de autocrítica como gestores, sobretudo quando se cuida de algo fundamental para as pessoas e que possamos olhar para frente, porque tem muitas situações que não se resolvem de um dia para o outro”, disse Soavinski.

O gerente de Programas e Projetos Intersetoriais e Socioeducação da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), Marcos Pedro Silva, afirmou que é importante haver um esforço contínuo para difundir conhecimento sobre a preservação da água. “Esse cuidado com as pessoas é o que faz acontecer, são essas pessoas que fazem acontecer. Precisamos investir na preparação da sociedade para que o conhecimento ambiental seja passado de geração em geração”, disse.

Além da abertura oficial da programação da Semana da Água, o evento nesta manhã ainda contou com a entrega do prêmio “Protetor das Águas”, que contou com nove premiados indicados: Juliano de Barros Araújo; Eduardo Camiz de Fonseca Júnior; coronel Pedro Carlos Borges de Lira; Reginaldo Passos; Meirinalva Maria Pinto; Sebastião Xavier do Rego; André de Oliveira Amorim; Marcelo Martines Sales; e Marcos Aurélio Gomes Antunes.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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