“É praticamente impossível o PMDB não disputar o governo em 2018”, diz Maguito

Para o ex-governador Maguito Vilela, é certo que o PMDB vai lançar candidato a governador em 2018. Maguito, que tem atuado como um coordenador da pré-campanha do deputado federal Daniel Vilela, presidente do partido em Goiás, lembra que o PMDB teve candidato em todas eleições desde 1982, ano em que o atual prefeito de Goiânia, Iris Rezende, foi eleito governador pela primeira vez.

“O PMDB, desde sua fundação, nunca deixou de ter candidato a governador em Goiás. É o maior partido, tem prefeituras importantes e bons nomes para a disputa. É praticamente impossível não disputar o governo em 2018”, afirmou Maguito à coluna Giro, do jornal O Popular, acrescentando que a sigla tem que estar aberta para discutir alianças com todos os partidos, sem descartar nenhum antecipadamente.

Atualmente, o PMDB goiano conta com 40 prefeituras, entre elas as duas maiores do Estado (Goiânia e Aparecida de Goiânia), e tem 139,7 mil filiados, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (quase o dobro do número de filiados do segundo colocado, o PSDB). O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia também disse que pesquisas quantitativas (aquelas que aferem somente a intenção de voto do eleitor) não podem ser critério para definição de candidatura, pois até o início das eleições elas captam muito mais o nível de conhecimento dos candidatos do que o real desejo do eleitorado.

Maguito citou seu próprio exemplo em 2006, quando começou a campanha disparado na frente do então governador Alcides Rodrigues e acabou derrotado no 2º turno, para afirmar que liderança em pesquisa não é sinônimo de vitória. “Eu liderava todas as pesquisas em 2006, mas perdi para o candidato do governo. O candidato precisa é ter potencial de crescimento, baixa rejeição e o perfil certo para o governo”, afirmou. “Não se ganha eleição com campanha raivosa, com xingamentos”, acrescentou.

Além da eleição de 2006, os candidatos que saíram na frente nas pesquisas em 1994, 1998, 2002 e 2010 também acabaram derrotados. O presidente do PMDB, Daniel Vilela, afirma que a escolha do nome obedecerá critérios amplos e será definida após um trabalho interno de fortalecimento do partido e também de consolidação de alianças.

“Não queremos apenas unir a oposição, queremos ampliá-la para vencer as eleições”, afirma Daniel Vilela, que tem conversado com diversos partidos – inclusive alguns que pertencem atualmente à base aliada do governo estadual – sobre a construção de um novo projeto político. Daniel Vilela lembra que o atual grupo de oposição foi derrotado na disputa pelo governo em 2014 e que isto evidencia uma necessidade de abrir diálogo com outros partidos para ganhar mais força.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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