Meirene Souza
Cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) Wilson Ferreira da Cunha alerta os pré-candidatos ao governo a não menosprezarem as pesquisas de intenção de votos. De acordo com ele, é um erro fechar os olhos para o resultado que aponta a vontade do eleitor. Recentemente, os pré-candidatos Daniel Vilela (MDB) e José Eliton (PSDB) disseram que quem saiu na frente nas últimas eleições perdeu. Em Goiás, pesquisa indica que o pré-candidato Ronaldo Caiado (DEM) é o favorito.
O cientista político lembra que a pesquisa retrata o momento atual e dever ser levada em consideração. Ela poderá mudar no decorrer da campanha ou ser confirmada ou não nas urnas, mas tem que ser respeitada. “É natural que candidatos que não aparecem bem colocados falem mal da pesquisa, menosprezem o resultado. É uma reação normal”, pondera. Como faltam quase 7 meses para a eleição, o cenário pode mudar. Wilson da Cunha afirma que tudo vai depender dos concorrentes apresentarem ideias renovadoras, estratégia política adequada para marcar presença e enfrentar quem está na liderança.
Segundo ele, dar as costas para as pesquisas pode ser um erro crucial. E todo marqueteiro e estrategista político devem analisar com cautela, e não negligenciar o resultado que serve de alerta para os postulantes obterem melhores resultados. O professor da PUC destaca que vários fatores poderão influenciar a pesquisa durante a campanha. “Vai depender de cada candidato, de conhecer a real situação do estado, quais são os compromissos futuros com o estado, ter uma agenda concreta e factível e não promessas delirantes, demagógicas e populistas”.