Prêmio do príncipe William destaca soluções ambientais que podem inspirar ações no Paraná
Cerimônia no Rio de Janeiro reconheceu projetos de reflorestamento, economia verde e combate à poluição.
Finalistas do Earthshot Prize no palco do Museu do Amanhã — Foto: Thais Espírito Santo/de
O Paraná pode se beneficiar pelas soluções finalistas do Earthshot Prize 2025, premiação internacional criada pelo príncipe William para reconhecer iniciativas que ajudam a regenerar o planeta. Entre os projetos estão tecnologias de reflorestamento, programas de proteção florestal e modelos de economia verde com potencial de aplicação no estado. A cerimônia de premiação aconteceu na quarta-feira (5), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Os cinco ganhadores receberam o prêmio de £$ 1 milhão (cerca de R$ 6,5 milhões) para expandir ou replicar seus projetos e reconhecer suas conquistas e seu potencial transformador.
Foi a primeira vez que o prêmio aconteceu na América Latina, um marco para o Brasil, que vem ganhando destaque na agenda climática. O Paraná pode se beneficiar pelas soluções finalistas do Earthshot Prize 2025, premiação internacional criada pelo príncipe William para reconhecer iniciativas que ajudam a regenerar o planeta.
A capital da Colômbia foi premiada por suas políticas de redução da poluição urbana. Desde 2018, Bogotá reduziu em 24% a poluição atmosférica com medidas como expansão de ônibus elétricos, criação de ciclovias e arborização de áreas vulneráveis. No Paraná, 89% da população vive em áreas urbanas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Carolina Efing, da Rede Curitiba Climática (RECC), as cidades do estado poderiam se inspirar nesse modelo.
A Grande Reserva Mata Atlântica, criada em 2018, foi uma das iniciativas brasileiras indicadas ao Earthshot. O projeto abrange 60 municípios no Paraná, São Paulo e Santa Catarina e busca promover o desenvolvimento regional por meio do turismo de natureza. Os esforços da Reserva buscam atrair o turista para a região ao mesmo tempo em que fortalecem a sociedade local e preparam o território para a demanda turística de forma sustentável e responsável.
Para Borges, o reconhecimento dessas iniciativas é positivo, mas ainda não representa uma mudança estrutural. “As iniciativas são bem-vindas, mas precisamos transformá-las em políticas públicas abrangentes. O desafio é fazer com que esses exemplos se tornem o novo padrão”, diz.




