A partir do primeiro mês em vigor das alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o Brasil demitiu mais que contratou
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, foram 1.111.798 admissões contra 1.124.090 demissões no mês passado. Assim a economia brasileira registrou um saldo negativo de 12,3 mil vagas com carteira assinada em novembro, mês em que entrou em vigor a reforma trabalhista.
A partir do primeiro mês em vigor das alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o Brasil demitiu mais que contratou. Sendo considerado o pior resultado desde março deste ano, com um déficit de 57.625 vagas, e o primeiro fechamento de postos de trabalho após sete meses consecutivos com as contratações superando as demissões.
O mês de novembro se mostrou mais relevante por ter desempenho positivo para o emprego, por conta das contratações do comércio, que costumam compensar as demissões ocorridas nesta época do ano. Mas, as 68.602 vagas abertas pelo atacado e varejo, não foram suficientes para superar as demissões dos demais setores, que teve como principal destaque negativo a Indústria de Transformação, com fechamento 29.006 vagas, seguido pelo setor da Construção Civil, que eliminou 22.826 postos de trabalho.
Comparando três das cinco regiões do Brasil, as que registraram saldo negativo de vagas foram: Sudeste, com 16.421 postos, Centro Oeste, com 14.412 postos e Norte, com -398 postos. Apenas as regiões Sul e Nordeste apresentaram crescimento do nível de emprego com a criação de 15.181 postos de trabalho.