Economia comunica 424 mil devedores de IPVA sobre inclusão no Cadin

Economia comunica 424 mil devedores de IPVA sobre inclusão no Cadin

Mais de 424 mil contribuintes inadimplentes têm 30 dias, a partir desta sexta-feira, 28, para quitar ou renegociar débitos do IPVA em Goiás e evitar a inclusão no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais (Cadin Estadual).

O comunicado de inscrição no Cadin foi publicado pela Secretaria da Economia no Diário Oficial do Estado, nesta quinta-feira, 27. O valor total do débito alcança R$ 350 milhões.

IPVA

O edital abrange pessoas físicas e jurídicas com débito inscrito na Dívida Ativa Estadual referente ao IPVA de 2023 e exercícios anteriores. Para verificar se está incluído na lista, o contribuinte deve acessar o site da Secretaria da Economia, no endereço https://goias.gov.br/economia/cadin-estadual/, botão “Comunicado de Inclusão no Cadin”. O sistema possibilita a realização de busca por CPF ou CNPJ.

Para regularizar as pendências, o contribuinte também deve acessar o site da Economia, clicar em “Pagar ou Parcelar Tributos” e realizar o pagamento à vista ou o parcelamento dos débitos.

No caso de pagamento à vista, é necessário clicar no banner “Pagamento de Tributos” e, em seguida, “Auto de Infração, Notificação de Lançamento e PAIPVA” e digitar o número do auto. Os interessados em aderir ao parcelamento devem acessar o banner “e-Parcelamento”. Depois, basta informar a placa do veículo e o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) para realizar a simulação do parcelamento e emitir as parcelas.

CADIN ESTADUAL

A maioria dos contribuintes que compõem a lista é pessoa física que não pagou alguma parcela ou o valor total do IPVA 2023. “A comunicação que antecede a inclusão no Cadin Estadual em 30 dias está prevista na legislação e dá oportunidade ao contribuinte de regularizar a situação junto à Receita Estadual e evitar os impedimentos que a inscrição no Cadin acarreta”, explica o superintendente de Recuperação de Crédito da Secretaria da Economia, Fabiano Gomes de Paula.

O Cadin registra o nome das pessoas físicas e jurídicas que possuem pendências com os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, direta e indireta. “Uma das consequências para o contribuinte incluído no Cadin é que ele não poderá celebrar contratos com o Estado”, afirma o gerente de Gestão de Créditos de Órgãos e Entidades Estaduais, Hugo Santana Batista.

O inadimplente inscrito também é impedido de receber prêmios do programa Nota Fiscal Goiana e incentivos fiscais e financeiros.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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