Economia é aposta de Lula e Bolsonaro no primeiro dia de propaganda no rádio

Corrida eleitoral rádio

O horário eleitoral gratuito nas mídias tradicionais começou oficialmente nesta sexta-feira, 26, com inserções de candidatos a governador, senador e deputado estadual. Na manhã deste sábado, 27, os presidenciáveis estrearam no rádio. Os líderes nas pesquisas, Lula (PT) e Bolsonaro (PL), apostaram na economia neste primeiro dia. Candidatos a deputado federal também iniciaram suas campanhas no formato.

A estreia dos presidenciáveis no rádio

Por apresentar a maior coligação, o ex-presidente Lula é dono do maior tempo entre os presidenciáveis no rádio e na TV. O tempo para todos os candidatos à presidência é de 15 minutos em cada bloco. O petista ostenta 3 minutos e 39 segundos, e aproveitou esse espaço para comentar a questão econômica do País.

Entre suas declarações, Lula afirmou no rádio que deseja reconstruir o Brasil e questionou o aumento de preços e da desigualdade no governo de seu adversário Bolsonaro. O atual presidente, por sua vez, que possui 2 minutos e 38 segundos por bloco, valorizou o auxílio emergencial de R$ 600,00 e a sua própria atuação durante a pandemia.

Simone Tebet (MDB) é quem ostenta o terceiro maior tempo, com 2 minutos e 20 segundos. A candidata apostou na força feminina e na representatividade de sua candidatura. Já Soraya Thronicke (UB), com 2 minutos e 10 segundos, criticou a fome no Brasil e pregou a união.

Ciro Gomes (PDT), com apenas 52 segundos, também citou questões econômicas e se colocou como uma alternativa frente à polarização. Roberto Jefferson (PTB), que teria 25 segundos, não apresentou inserção. Por fim, Felipe D’Avila (Novo), em 22 segundos, pediu para os eleitores “pararem de votar no menos pior”.

O primeiro bloco de horário eleitoral gratuito no rádio deste sábado aconteceu entre 7h e 7h25. O segundo bloco será das 12h às 12h25. Na televisão, as exibições acontecem entre 13h e 13h25 e das 20h às 20h25.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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