A revista britânica The Economist argumenta que a decisão de Trump de impor tarifas ao Brasil não teve motivações econômicas. Segundo a publicação, o presidente dos Estados Unidos estaria inconformado com o fato de seu aliado, Jair Bolsonaro, estar sendo julgado e acusado de planejar um golpe. Para a The Economist, a reação de Trump foi movida por questões políticas e não relacionadas diretamente à economia. Esta análise sugere que a medida tomada pelo presidente norte-americano contra o Brasil tem mais a ver com uma retaliação do que com interesses comerciais.

De acordo com a revista, a indignação de Trump está relacionada ao fato de Bolsonaro ser um aliado político e compartilhar de ideologias semelhantes. A acusação de planejamento de golpe teria desagradado profundamente o presidente dos EUA, que, por meio da imposição de tarifas, estaria enviando uma mensagem clara para o governo brasileiro. Este posicionamento destaca a importância das relações políticas e alianças internacionais na tomada de decisões econômicas entre países.

A aproximação entre Trump e Bolsonaro, ambos líderes de extrema direita, coloca em evidência a influência de laços ideológicos nas relações internacionais. A atitude de Trump de taxar o Brasil pode ser interpretada como um reflexo da defesa de interesses compartilhados entre os dois governantes, e não apenas como uma resposta a questões econômicas. Ao considerar a importância das motivações políticas por trás dessa medida, a The Economist destaca a complexidade das relações bilaterais entre os EUA e o Brasil.

A análise da revista britânica reforça a ideia de que as decisões econômicas muitas vezes estão intrinsecamente ligadas a interesses políticos. Neste caso específico, a taxação imposta por Trump ao Brasil pode ser vista como um instrumento de pressão política diante do cenário judicial envolvendo Bolsonaro. A The Economist ressalta a relevância de se considerar esses aspectos políticos na análise de medidas comerciais entre países, indicando que as relações diplomáticas desempenham um papel fundamental nas dinâmicas econômicas internacionais.