Ecopontos de Goiânia recebem 936 toneladas de resíduos por mês

Os ecopontos de Goiânia, mantidos pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) em parceria com a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), recebem 936 toneladas de resíduos por mês, segundo levantamento. São espaços exclusivos para o descarte de itens como bens domésticos estragados, pneus, sobras da construção civil, resíduos de podas de árvores, materiais recicláveis e até óleo de cozinha usado.

A população pode fazer o despejo de resíduos nos locais de forma gratuita e sem necessidade de agendamento, todos os dias, das 7h às 22h, em cinco bairros: Jardim Guanabara II, Setor Faiçalville, Jardim São José, Residencial Campos Dourados e Parque Eldorado Oeste.

Em média, os ecopontos de Goiânia recebem mensalmente 888 toneladas de restos de construção civil; 7,8 toneladas de resíduos de podas de árvore e grama; 29,8 toneladas de bagaço (móveis estragados); 10,6 toneladas de itens recicláveis; 96 unidades de bens domésticos inservíveis, como sofás e geladeiras; 370 pneus.

“Os ecopontos têm um papel fundamental no desenvolvimento sustentável da cidade. Eles oferecem aos moradores a oportunidade descartar os resíduos de forma correta, contribuindo para a diminuição da quantidade de entulhos despejados de forma clandestina em espaços públicos”, destaca o presidente da Comurg, Alisson Borges.

Os locais dispõem de caçambas e baias, e são planejados para receber resíduos que não podem ser descartados junto ao lixo comum. Os itens não recicláveis são encaminhados ao aterro sanitário do município. Já os materiais recicláveis têm como destino as cooperativas parceiras da prefeitura, beneficiando centenas de famílias goianienses que vivem da reciclagem.

Alisson Borges explica que parte dos resíduos também é aproveitada pela própria Comurg. “Os pneus servem para organizar e enfeitar os canteiros e jardins de nossas praças. Já os restos de podas são misturados com casca de arroz na produção de um adubo natural bastante potente, que auxilia no cultivo das nossas mudas”, afirma.

Endereços dos ecopontos:

1 – Guanabara: Rua GB-5 com Rua GB-6, Jardim Guanabara II.
2 – Faiçalville: Avenida Nadra Bufaiçal com Avenida Madri APM, Setor Faiçalville.
3 – São José: Rua Frei Nazareno Confaloni com Rua Irmã Maria Bernarda, Jardim São José.
4 – Campos Dourados: Rua São João Del Rei APM 07, Residencial Campos Dourados.
5 – Parque Eldorado Oeste: Rua Elo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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