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Editora paulista reúne em box literário a obra essencial do escritor Edival Lourenço

Última atualização 29/11/2017 | 14:58

O box, que será lançado amanhã, às 19h30, no salão D. Gercina Borges, Palácio das Esmeraldas, contém quatro obras de gêneros diversos — romance, contos, poesia e crônicas — que darão ao leitor um panorama completo da “escritura de invenção” e da profusão de temas que Edival Lourenço vem trabalhando há mais de 30 anos.

A Coleção Edival Lourenço foi publicada pela Editora Ex Machina, de São Paulo, com patrocínio do Fundo Estadual de Cultura de Goiás.

Edival Lourenço nasceu em 1952. Publicou livros de poesia, crônica e romance. A Centopeia de Neon recebeu o Prêmio Nacional de Romance do Estado do Paraná (1994). Em 2008, foi agraciado com a Comenda Jorge Amado, da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, pelo conjunto da obra. Naqueles Morros, Depois da Chuva (Hedra, 2011) foi premiado na categoria romance do Prêmio Jabuti de 2012.

Edival Lourenço é o escritor goiano mais premiado no cenário nacional, com uma obra densa e multifacetada, em que o diálogo com a tradição e a modernidade é permeado por sua dicção humorística peculiar.

Sobre a Coleção Edival Lourenço

A Centopeia de Neon

“A Centopeia de Neon foi escrito no final da década de 80 do século passado. No arrojo de minha juventude. Um texto delirante e premonitório que, de certa forma, antecipa a sociedade cínica e complexa que vivemos. No enredo, até Deus é cínico. Cultiva a espécie humana apenas para colher suas almas e consumir como margarina na torrada. Em 1992, foi prêmio Hugo de Carvalho Ramos, Nacional de Romance do Paraná, finalista no Casa das Américas e na Bienal Nestlé”.

Os Carapinas do Sri Lanka

“Os Carapinas do Sri Lanka é coletânea de minicontos em que usei de alguns critérios e restrições prévias para escrevê-los. Teriam que ser minúsculos, mas com uma força simbólica tal que cada conto pudesse ter o conteúdo de um romance inteiro. Só caberia ao leitor puxar as pontas embutidas nas entrelinhas. Teria ainda a restrição de contar com apenas 450 caracteres. Mas por que 450? Foi um capricho simbólico. 4+5+0=9. 9 é um número ritual desde a época de Homero. As nove musas nascem de Zeus, depois de 9 noites de amor. 9 é o número de nós do bambu taoista. 9 é o número símbolo da gestação, da obra bem feita e concluída”.

Pela Alvorada dos Nirvanas

“Pela Alvorada dos Nirvanas é o único poema longo que escrevi. O livro inteiro é constituído de um só poema. Foi fermentado durante anos, mas escrito em um só dia. De um só estalo. Depois vieram os ajustes de praxe. É um trabalho que busca retratar a minha geração que nasceu na roça, num ambiente de pedra polida tardia, e fez uma travessia impensável, para sobreviver no ambiente rarefeito da era tecnológica. Não se conhece na história nenhuma outra geração que tenha feito uma trajetória com tamanha alteridade”.

Animal Sinistro

“Animal Sinistro é uma coletânea de crônicas com um viés ensaístico, onde se apresentam ao leitor oportunidades de reflexão sobre o nosso modelo civilizatório e ocupacional do planeta. As dificuldades de mudanças e o risco iminente da autodizimação da espécie”.

Imagem: divulgação

Serviço:

Coleção Edival Lourenço
464 páginas
R$ 50,00 (no lançamento)
30 de novembro, quinta, 19h30
Salão D. Gercina Borges,
Palácio das Esmeraldas.