Eduardo Bolsonaro defende porte de armas e é retirado do ar em TV da Argentina

Eduardo Bolsonaro defende porte de armas e é retirado do ar em TV da Argentina

Presente na Argentina para acompanhar as eleições presidenciais no país, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) teve uma entrevista retirada do ar após defender o porte de arma para a população argentina. A entrevista foi concedida ao vivo no canal local C5N, onde o parlamentar endossou a candidatura do economista de extrema-direita Javier Milei.

Na ocasião, Eduardo Bolsonaro defendeu a existência de um exame prático de disparo de armas de fogo aos argentinos para que a população tenha condição de legítima defesa. Após a declaração, o áudio da entrevista foi retirado do ar e a fala bastante julgada pelos jornalistas da transmissão, que afirmaram: “foi por isso que os brasileiros tiraram o pai dele”.

O filho de Bolsonaro viajou ao país em comitiva com outros dois congressistas brasileiros, para acompanhar a votação com o deputado da província de Buenos Aires, Nahuel Sotelo. Segundo os parlamentares, o candidato “tem representado para os argentinos e para o mundo, especialmente para o Brasil neste momento, o enfrentamento às ameaças e ataques dos seus adversários políticos”.

Eduardo Bolsonaro chegou a confirmar sua visita ao país vizinho através das redes sociais, citando o artigo do jornal “La Nación”, e pediu para ser incluindo na nomenclatura de “ultradireita”. “Por favor, incluam-me no adjetivo ‘ultradireita’ da próxima vez. Não quero que os argentinos pensem que sou morno. Ultra super max direita na próxima vez”, escreveu.

Eleições argentinas

As eleições da Argentina ocorreram neste domingo, 22, e foi encerrada às 18h. Os eleitores foram às urnas para eleger um novo presidente, além de deputados e senador. Segundo a Dirección Nacional Electoral (Dine), 75% do eleitorado compareceu na votação.

Dados preliminares apontam que os candidatos a presidência Sergio Massa e Javir Milei seguem agora para o segundo turno de votação. O resultado foi divulgado às 22h, mas a apuração final dos votos só deve ser divulgada no próximo final de semana, após o processo de contagem e recontagem.

Vale lembrar que a Argentina tem como votação o uso de papel, onde os eleitores depositam os santinhos em um envelope e os colocam na urna.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos