Última atualização 18/11/2024 | 11:30
O deputado estadual de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), anunciou no último sábado, 16, que está em remissão do câncer linfático, após quatro meses de tratamento contra a doença. Suplicy, de 83 anos e parlamentar mais votado da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nas eleições de 2022, fez o anúncio através de sua página no Instagram. “Depois de quatro meses de batalha, finalmente foi constatada a remissão do meu linfoma. Continuo o tratamento, ainda falta uma sessão de imunoterapia, e como minha imunidade está muito baixa, mantenho isolamento parcial”, escreveu Suplicy.
O diagnóstico de linfoma não Hodgkin foi feito em julho deste ano. O tratamento imunoquimioterápico foi realizado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Segundo especialistas em oncologia, a remissão ocorre quando o câncer não é mais detectado por nenhum exame, mas a cura só é confirmada após cinco anos sem sinal da doença.
Suplicy agradeceu o apoio que recebeu e reiterou seu compromisso com uma de suas principais propostas políticas: a Renda Básica de Cidadania. “Mas, se antes tinha sonhos, agora eles só aumentaram. Não irei descansar enquanto não ver instituída a Renda Básica de Cidadania no Brasil e no mundo!”, afirmou.
Além do linfoma, Suplicy também luta contra a doença de Parkinson, diagnosticada em 2022. Ele defende o tratamento gratuito com cannabis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e participa de um estudo sobre o uso de substâncias derivadas da cannabis em tratamentos.
Linfoma Não Hodgkin
O linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que se inicia no sistema linfático e se espalha de forma desordenada pelo corpo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 20 tipos diferentes de linfomas não Hodgkin, e os casos têm aumentado nos últimos 25 anos, especialmente entre pessoas com mais de 60 anos. Os principais sintomas incluem aumento dos gânglios linfáticos, febre, suor noturno, coceira na pele e perda de peso.
As opções de tratamento para o linfoma não Hodgkin incluem quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), as chances de cura são, em média, de 60% a 70%.