Educação ambiental chega a 10,5 mil pessoas no Araguaia

Paralelo ao esforço das equipes de fiscalização para impedir a pesca ilegal no Rio Araguaia durante a Temporada 2023, o Governo de Goiás promoveu ações de educação ambiental que alcançaram pelo menos 10,5 mil pessoas no período de 7 de junho a 31 de julho deste ano.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad). Ao todo, a Semad realizou mais de 2,1 mil atendimentos no período, dos quais 560 foram nos portos de Aruanã e São Miguel do Araguaia, 591 nas barreiras de trânsito, 640 em acampamentos e 313 em pontos de apoio.

Segundo a gerente de Economia Sustentável da Semad, Rubia Santos, houve alta demanda pela régua de pesca distribuída pela Semad. Pelo menos 1,7 mil foram distribuídas.

“Essa régua tem o formato retangular e aproximadamente um metro de comprimento. É feita em papel adesivo e concebida para ser afixada na proa das canoas, em caixas térmicas ou outra superfície que vá acompanhar o pescador. Traz informações sobre o tamanho mínimo e máximo de cada espécie de peixe cuja pesca é permitida no rio”, explica a gerente.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Semad entregou 10 mil sacos de lixo para turistas, a maioria concentrados em acampamentos, e outros 4,8 mil para as prefeituras. Em parceria com o Corpo de Bombeiros e com a Saneago, realizou atividades de educação ambiental com 171 crianças, promoveu o plantio de 88 mudas e doou outras 320.

“Cumprimos o nosso objetivo e transmitimos a nossa mensagem. É fundamental que a gente aproveite o rio Araguaia com responsabilidade e de forma consciente, pra que as próximas gerações também tenham o privilégio de usufruir dessas belezas”, afirma a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis.

PESCA ILEGAL

Em outra frente, a Semad colocou equipes de fiscalização em campo para coibir as atividades de pesca ilegal no rio.

Foram apreendidos 343,6 kg de pescado ao longo da operação, que foram doados à Vila São Cottolengo (Trindade), Lar dos Idosos São Paulo Apóstolo (Araguapaz) e Secretaria Municipal de Ação Social de São Miguel do Araguaia.

O número de autos de infração lavrados chegou a 82 e o valor global das multas aplicadas alcançou R$ 303,6 mil.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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