Educação anuncia concurso público para professores e administrativos

A secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, anunciou, na manhã desta sexta-feira (24), em nome do governador Marconi Perillo (PSDB), a realização de concurso público para professores e administrativos, solução para o Quadro Transitório do Magistério e reajuste salarial para os contratos temporários da pasta. O anúncio foi durante reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Goiás (Sintego).

Raquel frisou que, apesar de todas as dificuldades impostas pela mais séria crise econômica da história do país, atender essas três reivindicações significa um esforço do Governo de Goiás e um avanço muito importante para os servidores da rede estadual de educação. “A questão do concurso está, de fato, resolvida e eu considero isso uma vitória para a categoria. ”

Serão abertas mil vagas, sendo 900 para professores de Matemática, Química e Física e 100 para o quadro administrativo de nível superior. Raquel Teixeira informou que esse é apenas o início de um processo maior. “À medida em que formos substituindo os professores que estão fora de sua área de atuação, poderemos definir qual é o déficit real que temos e novos concursos serão realizados. ”

O edital deve ser publicado até o mês de junho. A secretária adiantou que o processo já está na Escola de Governo e até a próxima semana estará definida a instituição que ficará responsável pela organização do concurso. Segundo ela, esse é o primeiro passo para resolver a questão dos contratos temporários.

Sobre o reajuste para os servidores, Raquel ressaltou que o Governo de Goiás autorizou um índice para repor a inflação. “Estamos trabalhando com duas simulações para ver o que é possível fazer dentro das limitações financeiras do Estado, mas considero isso uma sinalização muito importante para que outras melhorias possam ser anunciadas. ”

Piso

Quanto ao pagamento do Piso Salarial Nacional e o Plano de Carreiras dos Administrativos, a secretária disse que ambos representam os dois maiores desafios a serem resolvidos e que já estão sendo analisados por uma comissão que inclui a Seduce e as secretarias da Fazenda e Planejamento, já que impactam diretamente na Previdência. “Estamos fazendo todo o empenho possível para encontrar logo uma solução”, explicou.

Além da secretária Raquel Teixeira e da presidente do Sintego, Bia de Lima, estavam no encontro o superintendente executivo Ivo Cézar Vilela e os superintendentes Marcos das Neves, Marcelo Jerônimo, Márcia Rocha Antunes, Regina Efigênia Rodrigues, Ralph Rangel, Solange Andrade, Rivael Aguiar Pereira, o subsecretário da regional metropolitana, Marcelo Ferreira, e representantes das subsecretarias regionais de Aparecida de Goiânia, Anápolis, Iporá e da Cidade de Goiás.

Fonte: Goiás Agora

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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