Educação e rendimentos altos aumentam expectativa de vida, segundo OCDE

Estudo revela que pessoas com acesso à mais informação possui melhor qualidade de vida

Um aumento nos rendimentos, assim como o maior nível de escolarização de uma pessoa, significam maior expectativa de vida. A conclusão está no relatório apresentado hoje (10) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – o relatório Health at a Glance 2017 (Uma visão sobre a Saúde, em tradução livre).

“Pessoas com níveis mais baixos de educação são mais propensas a fumar, ser obesas, ter dietas menos equilibradas e ser menos fisicamente ativas”, diz o documento, que traz os últimos dados e tendências dos indicadores de saúde e sistemas de saúde nos 35 países membros e diversos parceiros. Entre eles, estão Brasil, China, Colômbia, Costa Rica, Índia, Indonésia, Lituânia, Rússia e África do Sul.

De acordo com o estudo, o aumento de 10% nos rendimentos significa um ganho de 2,2 meses no final da vida. E o aumento de 10% na cobertura da educação primária significa um ganho de 3,2 meses na expectativa de vida.

Quando a comparação é em relação a pessoas com ensino básico e ensino superior, o ganho na expectativa de vida é mais impactante. O estudo revelou que pessoas com formação superior tendem a viver seis anos a mais do que as que possuem apenas o nível básico.

A expectativa de vida tem grande variação entre os países analisados. A diferença em comportamentos de risco como o tabagismo e a obesidade, que têm um grande impacto na saúde, podem explicar parcialmente esta variação, além do impacto de fatores como a renda e a educação.

As conclusões mostram que, de maneira geral, as pessoas mais bem educadas têm mais acesso a informação e tendem a ter estilos de vida mais saudáveis, o que contribui para uma vida mais longeva.

Tabagismo e Álcool

Em relação ao consumo de álcool, a conclusão não foi a mesma. De acordo com o relatório, as mulheres mais bem educadas são mais propensas a beber excessivamente, embora com os homens aconteça o oposto. Ao mesmo tempo, o dano causado pelo álcool é mais prevalente entre os grupos menos educados e de baixa renda, em parte por causa de fatores de risco e menor acesso aos cuidados de saúde.

Se as taxas de tabagismo e o consumo de álcool fossem reduzidos pela metade, a expectativa de vida aumentaria em 13 meses.

De acordo com o relatório, as taxas de tabagismo diminuíram na maioria dos países da OCDE, mas cerca de um em cada cinco adultos ainda fumam diariamente (18%, sendo 14% das mulheres e 23% dos homens).

As taxas mais altas são observadas na Grécia, Hungria e Turquia, bem como na Indonésia (mais de 25%) e menor no México e no Brasil (menos de 10%).

As mulheres fumam mais na Áustria, Grécia e Hungria, onde as taxas excedem 20%, enquanto fumam menos na Coreia, México, China, Índia e Indonésia, onde as taxas estão abaixo de 5%.

Quanto aos homens, as taxas são mais altas na Turquia, China, Indonésia e Rússia (superior a 40%), enquanto estão abaixo de 10% na Islândia e no Brasil.

Em toda a OCDE, o consumo de álcool diminuiu desde 2000, passando de 9,5 litros per capita por ano para 9 litros de álcool, o equivalente a quase 100 garrafas de vinho. No Brasil, o consumo é de 7,3 litros per capita por ano, não havendo aumento nem diminuição desde 2000. As maiores quedas ocorreram na Dinamarca, Irlanda, Itália e Holanda.

No entanto, o consumo aumentou em 13 países no mesmo período, principalmente na Bélgica, Islândia, Letônia e Polônia. Além disso, um em cada cinco adultos bebe regularmente em toda a organização.

Longevidade

A expectativa de vida ao nascer é de 80,6 anos, em média, nos países da entidade. A taxa mais alta é no Japão (83,9 anos), seguido pela Espanha e Suíça (83 anos cada) e menor na Letônia (74,6) e no México (75). No Brasil a taxa é de 74,7 anos.

A Turquia, a Coreia e o Chile tiveram os maiores ganhos na expectativa de vida desde 1970.

De maneira geral, as mulheres podem esperar viver um pouco mais de cinco anos mais do que os homens.

Obesidade

Desde o final da década de 1990, a obesidade aumentou rapidamente em muitos países da OCDE e mais do que duplicou na Coreia e na Noruega.

Mais da metade (54%) dos adultos nos países da organização hoje têm sobrepeso, incluindo 19% que são obesos. As taxas de obesidade são superiores a 30% na Hungria, México, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Entre os adolescentes de 15 anos de idade, 25% estão com sobrepeso e apenas 15% fazem atividade física regularmente.

Gastos com saúde

Os gastos com a saúde contribuem para a longevidade, mas apenas explicam parte das diferenças e ganhos na expectativa de vida ao longo do tempo. Novas estimativas sugerem que hábitos mais saudáveis e outras determinantes sociais da saúde também são fundamentais.

Por exemplo, um maior gasto com a saúde normalmente significa aumento na longevidade. Mas o fundamental não é apenas gastar e, sim, saber como os recursos serão gastos. O estudo mostra que reduzir o desperdício é fundamental para maximizar o impacto dos recursos públicos sobre os resultados da saúde.

Outro exemplo é o aumento do uso de medicamentos genéricos na maioria dos países da OCDE, que gerou uma economia de custos, representando mais de 75% do volume de produtos farmacêuticos vendidos nos EUA, Chile, Alemanha, Nova Zelândia e Reino Unido.

Os antibióticos, que só devem ser receitados quando absolutamente necessários, sofrem variações nas prescrições de mais de três vezes em diferentes países, com a Grécia e a França relatando volumes muito superiores à média da entidade.

Fonte: Agência Brasil

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Goiás tem alerta de tempestade com ventos de até 80 Km/h e chuvas intensas

Nesta quinta-feira, 26, Goiás deve ser marcada por tempestades e ventos intensos, alertam os meteorologistas. As previsões indicam que as chuvas poderão ser acompanhadas de ventos que alcançarão velocidades de até 80 km/h, exigindo atenção redobrada da população. Segundo a o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), as chuvas devem atingir todas as região goianas.

Esses alertas são emitidos devido às instabilidades atmosféricas que favorecem a formação de pancadas de chuva, especialmente durante a tarde e à noite. É importante estar ciente da possibilidade de raios e rajadas de vento fortes, que podem causar danos significativos.

Tempestades

Cidades como Rio Verde, Jataí e Itumbiara, no sul goiano, devem registrar chuvas de 10mm a 15mm. As temperaturas devem permanecer entre 19ºC e 31ºC, com umidade entre 60% e 95%.

Já no leste goianos, as cidade de Catalão, Luziânia, Formosa e Cristalina devem registrar chuvas médicos de 12 a 20 mm. As temperaturas devem ficar entre 17ºC e 32ºC e a umidade relativa do ar permanecer até 95%.

No oeste goiano, as chuvas devem atingir os municípios de Iporá, Aruanã, Caiapônia e Doverlândia podem registrar até 22mm de chuva, com as temperaturas variando entre 19ºC e 33ºC.

Goiânia e Anápolis, no centro goiano, tem previsão para pancadas de chuva isoladas, com temperaturas entre 19ºC e 30C, e a umidade do ar podendo chegar em 95%.

Precauções necessárias

Os moradores devem tomar precauções para minimizar os riscos durante as tempestades. Recomenda-se evitar se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas. Também é indicado não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, que podem ser afetadas pela força dos ventos.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão preparados para atender às ocorrências e fornecer orientações necessárias. Para emergências, ligue para 199 (Defesa Civil) ou 193 (Corpo de Bombeiros) para obter apoio confiável.

As chuvas intensas têm o potencial de causar alagamentos, estragos em plantações e corte de energia elétrica. Portanto, é crucial que a população esteja atenta e siga as recomendações dos órgãos competentes para garantir a segurança de todos.

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