Educação: kits de robótica ampliam aprendizado de estudantes

Educação: kits de robótica ampliam aprendizado de estudantes

Estudantes da rede pública estadual estão colocando em prática o que aprenderam com os kits de robótica entregues pelo Governo de Goiás a 173 unidades de ensino. Em Piranhas, alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Maria Eulália de Jesus Portilho criaram jogos virtuais e animações a partir das ferramentas fornecidas pelo Estado. O material também é utilizado em colégios militares e escolas que atendem a alunos com deficiência.

O professor Jarbas Alves de Oliveira conta que o interesse dos estudantes pela robótica começou ainda durante a pandemia, quando foram desafiados a construir pequenos robôs mecânicos utilizando sucata e materiais encontrados em casa. No entanto, foi com a entrega do kit no ano passado que a temática ganhou força. “Foi uma porta, um despertar para o conhecimento, para as diversas formas de trabalhar a robótica em sala de aula”, relata.

“A cada dia a gente aprende e inova. E o mais gratificante para a gente é ver nossos alunos se sobressaírem e aprenderem mais sobre esses aplicativos, colhendo resultados. Os alunos são contagiados pela emoção, pela criatividade, pela vontade de aprender de maneira diferente. E a gente fica muito feliz”, acrescenta o professor.

A robótica também está presente no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), unidade que, dentre outras atividades, oferece atendimento educacional especializado a crianças, jovens e adultos cegos ou com baixa visão. O professor de Matemática do CAP, Flamarion Gonçalves Moreira, explica que a unidade conta, atualmente, com dois kits de robótica doados por meio de uma empresa especializada.

“É uma aula super disputada porque valoriza algo que eles têm, que é o toque. Não é porque o aluno não tem visão que ele é desprovido dessa capacidade. Pelo contrário, ele tem um reconhecimento muito mais sensível. E, se você trabalha com ele a questão da disposição lógica das peças, isso acaba se aguçando”, conta.

De acordo com o professor, a intenção é que os estudantes com deficiência visual desenvolvam suas habilidades matemáticas e espaciais e a lógica. “Qualquer usuário aqui do CAP pode participar, desde que a gente tenha a disponibilidade do kit. Tendo disponibilidade de horário a gente encaixa. Hoje a gente tem alunos pequenininhos, a partir dos 9 anos, e até alunos de 26 anos de idade”, especifica Flamarion.

Colégios militares

Em fevereiro deste ano, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) iniciou a entrega de kits de Robótica aos 74 Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMGs). Ao todo, R$ 10 milhões foram investidos na aquisição dos equipamentos, que beneficiarão turmas de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Eles contam com peças de robótica, materiais paradidáticos e tablets.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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