Nesta quinta-feira (08), mais de 20 educadores sociais se reuniram em frente ao batalhão da Polícia Militar, Setor Jardim Europa, em Goiânia, local onde funciona o Centro de Internação Provisória (CIP) para protestarem contra a mudança da carga horária da categoria, além de pedirem condições de trabalho melhores.
Os educadores reclamam que as unidades estão superlotadas e não possuem estrutura adequada para o trabalho. Além disso, os servidores consideram prejudicial o novo tempo de trabalho e pedem que a carga horária seja de 12×60 ou 24×72.
Um educador que não quis se identificar falou sobre a nova carga horária. “A carga horária de 12×36 é prejudicial à saúde do servidor e desumana, o qual trabalha em um sistema precário, sem o mínimo de higiene, e condições de trabalho, ambiente insalubre, perigoso, com barulho alto o dia todo, e alto grau de estresse diário. O servidor não tem direito nem mesmo a tirar licença por doença, pois o mesmo fica sem gratificação”.
O manifestante também criticou o Grupo Executivo de Apoio à Criança e ao Adolescente (Gecria), da Secretaria Cidadã. “A Secretaria Cidadã, e o Gecria (órgão responsável pelo sistema socioeducativo), não aceitam negociar, querem impor leis e horários absurdos, feito por pessoas que não conhecem a realidade do sistema, dessa forma a cada dia que passa só nos empurram mais e mais adolescentes, sem ao menos propiciar condições adequadas”.
Em nota Gecria, informou que o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) determinou a suspensão imediata de paralisação dos servidores do Sistema Socioeducativo em Goiás com uma multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento.