Ela me chamou para namorar, diz mendigo espancado por personal, em Planaltina

Givaldo Alves, de 48 anos, o morador em situação de rua que foi espancado após ser flagrado mantendo relações sexuais com a esposa do personal Eduardo Alves, de 31 anos, disse que a mulher teria perguntado se ele gostaria de namorar com ela. No entanto, o educador físico, afirma que a mulher, Sandra Mara Fernandes, de 33 anos, teria sido estuprada.

As afirmações de Gilvaldo foram feitas durante entrevista ao Metrópolis. De acordo com o baiano, não houve estupro, a relação foi consensual. Ele conta que quando a Sandra o chamou para namorar, recusou o pedido dizendo que não tinha dinheiro.

“Eu andava pela rua e ouvi um grito: ‘Moço, moço’. Olhei para trás e só tinha eu. E ela confirmou comigo dizendo: ‘Quer namorar comigo?’.” Eu disse: “Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel. Então, ela disse: ‘Pode ser no meu carro'”, relembrou ele.

Sobre a acusação de estupro, ele se diz aliviado pelo caso ter ocorrido em um local com muitas câmeras.

“Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso (estupro). Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso”, ressaltou.

Ainda de acordo com ele, só soube que a mulher era casada quando recebia atendimento médico. Até então, ele achava ter sido vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista arrastar propositalmente uma mulher, dias atrás.

Givaldo sofreu um edema no olho e ficou com a costela quebrada. Sobre o envolvimento com a mulher, ele afirma: “Não me arrependo”.

Relembre o caso:

No último dia 9, o personal trainer agrediu o morador em situação de rua no Jardim Roriz, em Planaltina, Entorno do Distrito Federal. Na ocasião, Eduardo afirmou que a esposa sofreu violência sexual por parte do morador de rua, mesmo a mulher tendo admitido que o ato foi consentido.O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF).

A esposa de Eduardo, inclusive, afirma em áudios que ela manteve relações sexuais consensuais com o sem-teto. A mulher diz que enxergou Deus e até o próprio marido no homem.

“Eu não conseguia nem falar e nem abrir meus olhos. Meu coração estava acelerado, mas eu não conseguia sentir ódio do homem que fez isso comigo porque eu só enxergava Deus nele. Eu só enxergava Deus. Não sei explicar”, diz trecho do áudio.

A mulher ainda contou que encontrou o sem-teto em frente a um quiosque, na Rodoviária de Planaltina, e que ele fumava um cigarro. Ela diz que conversou com o homem e então eles foram para o carro onde passaram a manter relações sexuais.

“Tirei o cigarro da mão dele e falei: você não vai fumar mais porque você já está curado. E aí eu já enxergava ele como o Eduardo. Já não estava enxergando ele como Deus. Aí eu tirei o cigarro da mão dele e joguei no lixo. Ele falou: vamos conversar? E eu disse: vamos”, diz a mulher, em áudio.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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