‘Ele queria mais 24 anos, para viver até os 100’, diz a neta do idoso morto por bala perdida próximo ao Morro dos Macacos

No aniversário de 76 anos de Antônio Alves da Costa, ele expressou o desejo de viver mais 24 anos para chegar aos 100 anos, um sonho interrompido de forma trágica. Na manhã desta quarta-feira, o idoso se tornou mais uma vítima da violência que assola parte da Zona. Segundo informações da polícia, uma equipe da UPP do Morro São João estava em patrulhamento quando foram atacados por traficantes e reagiram, levantando a suspeita de que o tiro fatal possa ter se originado desse confronto.

A neta de Antônio, abalada com a perda prematura do avô, relembra com dor as palavras ditas por ele em seu último aniversário. Ela lamenta sua morte e a violência que assombra os moradores da região. O ocorrido ressalta a realidade preocupante da segurança pública em áreas próximas de comunidades com presença do tráfico de drogas, onde vidas inocentes são ceifadas.

A comunidade local manifestou indignação e revolta diante da tragédia que vitimou Antônio, um idoso querido por todos. Os moradores clamam por medidas que garantam mais segurança e paz na região, evitando que mais famílias sofram com a violência desenfreada. A triste notícia reforça a necessidade de um trabalho conjunto entre autoridades e comunidade para combater a criminalidade.

O anseio de Antônio por mais 24 anos de vida e sua morte precoce destacam a fragilidade da segurança em determinadas áreas da cidade. A falta de controle sobre os conflitos armados e o poder paralelo nas comunidades coloca em risco a vida de cidadãos inocentes, como foi o caso do idoso que teve seus sonhos interrompidos pela violência do crime. Que sua história sirv

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Suspeita de envenenamento de bolo no RS visitou sogra no hospital

Suspeita de Envenenamento de Bolo no RS: Triplo Homicídio com Arsênio

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo que resultou na morte de três mulheres da mesma família em Torres, no Litoral do estado, durante uma reunião familiar em 23 de dezembro de 2024.

Investigada por triplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio, Deise é nora de Zeli dos Anjos, que preparou o bolo. O veneno usado foi arsênio, identificado em amostras de sangue das vítimas, que incluem Neuza, Tatiana e Maida.

Segundo a polícia, em depoimento, a suspeita confessou que visitou a sogra quando ela estava internada no hospital e levou água, suco e chocolate para a visita. Uma testemunhas informou que o lacre dos líquidos e dos alimentos estavam rompidos.

Ainda em depoimento, Deise informou que perguntou à sogra sobre o uso de uvas passas e frutas cristalizadas no bolo consumido pela família. A mulher informou que os alimentos estavam armazenados de forma inadequada na geladeira de Zeli e poderia ter sido utilizado no preparo do doce.

“Que a interrogada tem essa certeza porque perguntou a Zeli ontem, dia 26/12/2024, no hospital de Torres, se ela usou a uva passa e as frutas cristalizadas”, diz trecho do depoimento.

Deise é investigada pelo crime de triplo homicídio e por três tentativas de homicídio. Ela negou ser responsável pelo crime.

Desavenças

Para a polícia, a suspeita contou que, em 2004, teve uma série de desavenças com a sogra por questões financeiras. Ela se referiu a Zeli como ‘Naja’, mas afirmou que nunca desejou a morte da sogra ou de qualquer membro da família.

Em setembro de 2024, o marido de Zeli, Paulo Luiz dos Santos, morreu por intoxicação alimentar. Na época, a morte não foi investigada pela polícia, mas o corpo foi exumado para exames cadavéricos. Segundo a investigação, dias antes do crime, Deise, o marido e o filho, visitaram o casal e levaram produtos de limpeza, flores, leite em pó, farinha e bananas.

Uma perícia feita no celular da suspeita identificou que, em 18 de novembro, a suspeita pesquisou por “veneno para o coração” e “veneno para humanos” enquanto estava na casa da sogra. Já o termo relacionado a “arsênio” foram pesquisados por ela cerca de 100 vezes.

Deise passou por audiência de custódia na última segunda-feira, 6. A Justiça do Rio Grande do Sul determinou que a mulher permanecerá presa por 30 dias no Presídio Estadual Feminino de Torres.

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