Elefante-marinho-do-sul fêmea é tratada e volta ao mar em Guarujá (SP)

Elefante-marinho-do-sul fêmea que encalhou em praia volta para o mar após uma semana; VÍDEO

Animal foi encontrado na Praia das Astúrias, em Guarujá (SP). Ele foi transferido para a Praia do Monduba, na mesma cidade, onde foi tratado e se recuperou.

Elefante-marinho-do-sul volta ao mar após atendimento no litoral de SP

Elefante-marinho-do-sul fêmea que foi encontrado em Guarujá, no litoral de São Paulo, retornou ao mar. Ele encalhou na Praia das Astúrias, no dia 13 de novembro, e recebeu atendimento por parte do Instituto Gremar. Vídeos, obtidos pelo DE, mostram o animal entrando na água (assista acima).

O encalhe foi registrado na tarde do dia 13, mas o elefante-marinho passou a noite na praia acompanhado pelo Gremar.

Segundo o Instituto, a fêmea de cerca de 2 metros pesava aproximadamente 200 kg, o que é considerado abaixo do normal. Ela demonstrava sinais de exaustão e tinha alterações nos exames de sangue iniciais.

No corpo, não foram encontradas lesões aparentes, somente algas e epibiontes – organismos que vivem sobre outros seres vivos. Segundo o Gremar, a equipe optou por realizar a translocação do animal para um local mais reservado na cidade, a Praia do Monduba, que não tem tantos turistas.

A transferência aconteceu no dia 14, com o apoio logístico do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), Polícia Militar Ambiental, Guarda Civil Municipal e do Exército Brasileiro, já que a praia fica em área militar.

O animal foi mantido em um recinto provisório construído no local para que pudesse completar o atendimento terapêutico. Lá, foi monitorado, hidratado e medicado antes de voltar ao mar.

Ainda de acordo com o Gremar, nos últimos dias foram realizados novos exames de sangue, e os resultados apresentaram melhoras consideráveis. O animal também se mostrou mais reativo aos manejos, então a equipe o considerou apto a voltar ao mar.

Na última quarta-feira (20), o recinto foi aberto para que o elefante-marinho voltasse ao mar quando estivesse confortável, o que aconteceu por volta de 13h.

O biólogo Alex Ribeiro explicou ao DE que este é o final da temporada para o aparecimento de animais como o elefante-marinho na Baixada Santista. A espécie, que chega a até quatro metros, vem da região da Patagônia e é normalmente encontrada no Sul da América do Sul.

“Eventualmente eles param na praia por um período de descanso e depois retornam para o mar. Ou, quando param, estão machucados, podem estar feridos, com alguma espécie de lesão. Aí, precisam de algum cuidado médico veterinário”, disse Alex.

O especialista explicou que, ao contrário das fêmeas, os machos possuem uma protuberância na frente da cabeça, o que explica o nome inusitado. Essa característica morfológica é importante nas colônias, pois os machos brigam entre si por territórios ou fêmeas.

Elefante-marinho-do-sul foi cuidado por equipes do Instituto Gremar em Guarujá (SP) — Foto: Instituto Gremar/Divulgação

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Estatísticas alarmantes: 2 em cada 10 mulheres sofrem ameaças de morte pelo parceiro. Saiba como ajudar! Acesse já.

Pesquisa do Instituto Patrícia Galvão revela que duas em cada dez mulheres já foram ameaçadas de morte pelo parceiro, namorado ou ex. Essa preocupante estatística foi divulgada no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Conta a Mulher, indicando que quase 17 milhões de brasileiras já vivenciaram ou vivem em situação de risco de feminicídio.

O estudo realizado em parceria com o Instituto Consulting Brasil e com apoio do Ministério das Mulheres entrevistou 1.353 mulheres com mais de 18 anos entre os dias 23 e 30 de outubro. Descobriu-se que 21% delas foram ameaçadas de morte pelo companheiro, sendo que 18% sofreram ameaças por um parceiro e 3% por mais de um namorado. Entre as mulheres pretas, 25% relataram terem sofrido ameaças, seguidas pelas pardas com 19%, e brancas com 16%.

A pesquisa também apontou que as brasileiras sofrem mais violência física e sexual do parceiro do que a média mundial. O estudo alerta para a grave realidade enfrentada por muitas mulheres, com situações reais como a morte de uma mulher a tiros pelo ex-marido na região da 25 de Março, mostrando as ameaças que são enfrentadas diariamente.

A dependência econômica do agressor foi identificada como o principal motivo para que as mulheres não consigam sair de relações violentas, seguida pela crença de que o agressor vai mudar e pelo medo de ser morta caso termine o relacionamento. O medo é um fator significativo na manutenção dessas relações abusivas, sendo presente em 46% das razões apontadas.

A cultura machista é apontada como motivo para o feminicídio íntimo por 44% das mulheres entrevistadas. Elas acreditam que casos de feminicídio acontecem por ciúmes e possessividade dos parceiros que se consideram donos das mulheres.

Para prevenir o feminicídio, as entrevistadas ressaltam a importância de proteção do Estado e da sociedade às vítimas. Porém, há um sentimento de impunidade entre as mulheres, que acreditam que os homens que cometem violência doméstica não são devidamente punidos.

Diante desse cenário, 8 em cada 10 mulheres concordam que aumentar a pena para violência doméstica poderia contribuir para evitar mais casos de feminicídio. A sensação de segurança para denunciar também é enfatizada, com a importância do apoio do Estado, da polícia e da justiça.

Em casos de agressão ou ameaça, as mulheres identificaram o número de emergência 190 como o primeiro a ser acionado, seguido pelo Ligue 180. A Delegacia da Mulher é vista como o local onde as vítimas podem buscar ajuda.

A influência da mídia e das redes sociais na percepção do aumento do feminicídio no Brasil também foi destacada. A conscientização e mobilização da sociedade são apontadas como essenciais no combate a esse crime, com estratégias como campanhas de conscientização, monitoramento de conteúdos violentos, grupos de apoio online e uso de influenciadores digitais para promover mensagens de igualdade de gênero e respeito. Que tal apoiar essa causa e contribuir para um futuro mais seguro para as mulheres do Brasil?

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