Eleição do Flamengo 2025-2027: Maurício Gomes de Mattos propõe diretor técnico como CEO

Eleição do Flamengo: “Diretor técnico vai ter a condição de CEO”, diz Maurício
Gomes de Mattos

Candidato da Chapa 2 é o primeiro entrevistado dos podcasts eleitorais para o
triênio 2025-2027

O de [https://de.globo.com/]começou nesta semana os seus podcasts eleitorais com
os candidatos à presidência do Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] para o triênio
2025-2027. E o primeiro entrevistado foi o advogado Maurício Gomes de Mattos, de
63 anos, candidato da Chapa 2 e que tem como vice o assessor empresarial
Wellington Silva, ex-secretário de comunicação do STF.

+ Landim entra na Justiça contra decisão da Assembleia Geral para eleição no
Flamengo; entenda
[https://de.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2024/12/02/landim-entra-na-justica-contra-decisao-da-assembleia-geral-para-eleicao-no-flamengo-entenda.ghtml]

1 de 1 Maurício Gomes de Mattos candidato Flamengo — Foto: Thiago Lima

Maurício Gomes de Mattos candidato Flamengo — Foto: Thiago Lima

Em cerca de 1h de entrevista nos estúdios Globo, Maurício apresentou, entre
outros temas, suas ideias para a gestão do futebol e a construção do estádio;
defendeu a permanência de Filipe Luís como técnico; projetou a próxima janela de
transferências; mostrou-se contra implementação de SAF e explicou o papel que
terá o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello em sua gestão.

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> Veja abaixo alguns trechos da entrevista:

GESTÃO DO FUTEBOL

– O diretor técnico vai ter a mesma condição de CEO do clube, o mesmo status.
Vamos interligar porque um versa sobre orçamento, sobre estrutura, e o outro
versa sobre os profissionais do futebol. E ainda quero trazer um ex-atleta do
clube como ligação, para ele ser o representante do profissional com a imprensa,
o quadro associativo. Porque eu não quero interferência dos amadores, porque eu
sou obrigado a ter vice-presidente hoje enquanto a gente não reformar o
estatuto. Eu vou colocar sete vice-presidentes que não vão ter uma definição de
pasta, seria como se fosse um conselho de administração em que as coisas estão
sendo discutidas, os assuntos relevantes sendo passados. Não tem interferência.
Você não vai ter dirigente fazendo live em vestiário, música dentro de
vestiário.

– Sistema vai ser totalmente profissional, eu não quero nem o presidente no
ônibus com jogador. Nós vamos ter um conselho consultivo que não vai atrapalhar
no dia a dia dos profissionais, nem os conselhos que eu tenho que preencher os
nomes de vice-presidentes, porque o estatutário também não vai entrar no dia a
dia. Mas o conselho consultivo vai apresentar ideias, estudos, para esse
conselho diretor, que vai evidentemente poder discutir com os profissionais na
metodologia e fazer a cobrança. É uma relação extremamente respeitosa
valorizando os amadores, mas dizendo ao profissional: a responsabilidade é tua.
Profissionais vão gerir o Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] com autonomia, mas com
responsabilidade, com cobrança, que é a função de um presidente. Aliás, eu sou
candidato a presidente do Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/], não sou candidato a
CEO.

FILIPE LUÍS

– Desde o primeiro momento que ele entrou, eu sempre falei que contrato é para
ser respeitado. Porque eu tenho essa premissa no meu escritório de advocacia e
nas minhas empresas. Eu apostei no Filipe Luís desde sempre, como jogador e como
técnico. E ele não está nos decepcionando. Filipe Luís é o meu técnico. Tem
candidato aí que disse que não era e agora já vai ser. Mas eu sempre falei que
acredito no trabalho, ele está mostrando com muito talento e com muito estudo.
Vai ser meu técnico, sim.

GABIGOL

– Ninguém está acima do Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/]. Jogador, dirigente…
O Flamengo [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] tem que ser
a nossa razão. Ele já definiu por uma questão não profissional da atual
diretoria. É um ídolo, é o ídolo do meu neto. Quando o Zico foi vendido foi a
maior decepção da minha vida. O Gabigol não chega a tanto, mas é valoroso, ele
fez gols importantíssimos, jamais vai sair da minha mente. O Maurício torcedor
lamenta e o Maurício presidente tem que entender o momento do jogador, que vai
fazer sua despedida e tem que respeitar. Mas nada é definitivo. Vamos conversar,
vendo a parte de marketing, de futebol com diretor técnico. Esse assunto eu
confesso que não foi discutido porque o desfecho foi horrível tanto da diretoria
como do jogador, então isso tudo tem que ser avaliado.

– Se eu quero um lado profissional não pode ser a decisão do apaixonado Maurício
torcedor, isso é a minha diferença de todos os outros presidentes que eu escuto
querem discutir o técnico, escalar time… O Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] perdeu o Campeonato
Mundial jogando muito com uma discussão financeira, porque os atletas queriam a
participação dos funcionários. Deram um percentual que teoricamente estava
apalavrado, e o Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] desfazendo o trato. Eu
quero deixar em público aqui que tenho uma grande admiração pelo Paulo Pelaipe.
Foi ele que trouxe o Jesus, foi ele que segurou a barra sozinho dos jogadores.
Ele não perdeu a dignidade e é um profissional que eu respeito muito.

ESTÁDIO

– Tenho uma equipe de 24 profissionais mais o Fabrício Chicca. Eles fizeram
estudos para nós. O estudo que foi apresentado agora (pela situação) não deu
tempo suficiente para ter um confronto de estudos. Detesto usar como exemplo o
quintal do vizinho, mas eu vou usar. O que me chama atenção é que no plano de
governo eles colocam só uma condição de construção. E colocam a condição de
esses estudos ser inclusive com uma empresa do exterior, uma empresa
extremamente qualificada, mas teve licitação? Quanto pagaram? Passou pelos
conselhos?

– Eu confio muito na minha equipe, no estudo que ela fez. Ela me dá três
cenários: o otimista, o pessimista e o conservador com base em informações
precárias. E agora a gente tem informação de um outro estudo que eu não quero
ser aqui leviano dizer que foi mal feito porque não tive tempo ainda de entrar
nesse estudo. Mas algumas coisas assim me chamam atenção. Nós temos que entender
que esse estádio não pode contaminar as finanças do clube. E com profissionais
que nós temos isso vai ser feito, eu vou construir porque é o meu sonho e é o
teu sonho, nação, o estádio do Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/].

SAF

– Eu não só sou a favor (da medida que dificulta a SAF) que o Rodrigo (Rötzsch)
está na minha chapa. Nós que estudamos e apresentamos exatamente para
dificultar. O Rodrigo é um valoroso companheiro que se colocou à frente e é o
apelido da emenda, “emenda Rodrigo”, que hoje dificulta a condução e a
construção de uma SAF no Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/]. Porque o quórum passou
a ser muito mais difícil chegar nele para votar esse mau para o Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/]. SAF é bom para quem
precisa e para quem não tem a condição do Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/]. Os verdadeiros donos
do Flamengo [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] são a nação
rubro-negra e seus sócios.

– SAF nem pensar. Aliás, é engraçado, quem falava que era a favor publicamente
agora já disse que não fala mais. Um candidato levou senador, levou empresário
de futebol para explicar a SAF no plenário do deliberativo, disse que era a
favor da SAF, quantificou até o título: começou com R$ 500 (milhões), depois R$
800 (milhões), depois já era R$ 1 bilhão. Isso foi esquecido. Em eleição as
pessoas têm memória curta, né? Mas eu não tenho, não. E a minha sempre foi
produzida radicalmente contra SAF.

CLUBE SATÉLITE

– O Flamengo [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] tem que
partir para o mundo em captações. Eu quero pontos de captação em todos os
continentes e quero mais do que isso: desenvolver a Casa Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/], que vai ser um
licenciamento como tem a AFA (Associação de Futebol Argentino) e faz captação de
jovens atletas no mundo inteiro. Já tem em Miami, Madri, e vai abrir em Dubai. O
Flamengo [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] tem muito mais
potencial do que a AFA. A Casa Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] nos dá condição de ser
uma referência internacional trazendo as embaixadas juntas. Aqui no Brasil a
fortificação de ter uma Gávea em cada estado brasileiro.

– Inclusive nós estamos conversando com outros clubes para serem parceiros,
vamos trazer eles licenciados para que o Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/], assim como a AFA, todo
investimento é feito por parceiros. Por licenciamento, com risco do licenciado.
Uma que posso adiantar é em Lisboa. Nós estamos negociando, já conversando para
a vinculação do clube, vai depender da ótica do licenciado porque a AFA faz
assim. Eu não estou só copiando a AFA, estou também vendo os outros clubes que
desenvolvem isso como o Benfica na Casa Benfica. Só que o nosso é mais completo
porque eu quero produzir a condição do sócio-torcedor viajar e estar numa casa
Flamengo [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] em Lisboa.

BANDEIRA DE MELLO

– O Eduardo Bandeira de Mello, que é um grande apoiador, vai estar na Assembleia
Geral. Vai me ajudar a pensar o Flamengo
[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] para daqui a 10 anos.
Todos os presidentes nos últimos anos sempre estavam na condição de
aconselhamento. Eu não posso preterir o Bandeira nem os ex-presidentes. Tem um
outro presidente que me apoia com muito orgulho que é o Márcio Braga, e vários
outros presidentes que não estão me apoiando. Eu quero ouvi-los também. E o
Bandeira é um privilégio de ter na nossa chapa, presidente que deu a base para o
Flamengo [https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] ser a potência
econômica que é hoje. É muito luxo para qualquer candidatura, eu agradeço a Deus
por ter uma equipe tão boa.

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Botafogo na Libertadores: Governo Milei aposta em SAFs para modernizar futebol argentino

Título – Botafogo na Libertadores: Governo Milei defende SAFs na Argentina

A final da Libertadores entre Atlético-MG e Botafogo foi um marco para o presidente argentino Javier Milei, que utilizou o título do clube carioca como argumento a favor das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) no país sul-americano. Em um cenário onde a Associação do Futebol Argentino (AFA) é contra a entrada de capital externo no futebol, Milei destaca o sucesso do Botafogo como um impulso para o novo modelo de gestão.

Desde 2019, apenas dois clubes argentinos disputaram finais da Libertadores, revelando um cenário de predominância dos times brasileiros. Com o River Plate e o Boca Juniors derrotados em edições anteriores, o Atlético-MG e o Botafogo, ambos operando sob o modelo de SAF, protagonizaram a última final. A vitória do Botafogo, representando o sexto título consecutivo do Brasil na competição, reforçou a defesa das SAFs no país vizinho.

A gestão do Botafogo como sociedade anônima desde 2021, seguida pelo Atlético-MG em 2023, trouxe à tona o debate sobre a viabilidade e eficácia desse modelo no futebol argentino. Javier Lanari, subsecretário de imprensa de Javier Milei, destacou o ressurgimento do Botafogo, que, após ser adquirido por um investidor americano e receber um aporte financeiro significativo, se tornou campeão da Libertadores. Esse desempenho positivo enfatizou a importância da modernização na gestão dos clubes.

Apesar da resistência da AFA em permitir a transformação dos clubes em SAFs, alguns defensores desse modelo argumentam que a proibição limita a autonomia das equipes e contribui para o distanciamento financeiro em relação aos clubes brasileiros. José Francisco Manssur, coautor do projeto de lei que criou as SAFs no Brasil, ressalta a necessidade de atualização e adaptação do futebol argentino às tendências globais de gestão esportiva.

Javier Milei, em um decreto de dezembro de 2023, propôs mudanças na Lei Geral de Sociedades da Argentina para permitir a transição das associações esportivas para Sociedades Anônimas. A reação da AFA e da Fifa, que proíbem interferências governamentais nas federações esportivas, evidencia as dificuldades e controvérsias nesse processo de modernização. Ainda assim, Milei persiste em seu objetivo de promover a modernização e a abertura do futebol argentino para investimentos externos.

A reeleição de Claudio Tapia como presidente da AFA em outubro trouxe novos desafios para o avanço das SAFs na Argentina. A falta de concorrência no pleito e as questões legais levantadas pela Inspeção-Geral da Justiça do país indicam um cenário de resistência à mudança. No entanto, a discussão em torno das Sociedades Anônimas de Futebol continua em pauta, alimentando o debate sobre a gestão esportiva e a competitividade dos clubes argentinos no cenário internacional.

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