A eleição para os conselhos participativos municipais de São Paulo teve um grande número de participantes neste domingo (15/12), resultando em longas filas, principalmente na periferia da capital paulista. De acordo com a prefeitura, aproximadamente 40 mil pessoas se dirigiram aos locais de votação para escolher os 608 integrantes que irão compor os conselhos. Os resultados e a divulgação dos eleitos estão previstos para ocorrer durante a semana.

Os conselhos participativos receberam um investimento considerável nos últimos dois anos, totalizando R$ 12 milhões cada um para projetos nas subprefeituras, o que despertou um grande interesse da população. Neste domingo, um total de 2.148 pessoas se candidataram para ocupar essas posições, em comparação aos 574 candidatos da eleição anterior, realizada em 2022.

As 32 subprefeituras e os postos do Descomplica espalhados por toda cidade de São Paulo foram utilizados como locais de votação, das 9h às 17h. Relatos recebidos pelo Metrópoles indicam que houve dificuldades para votar em bairros periféricos, como no Itaim Paulista, zona oeste, onde um homem possuía a senha 1.051 por volta das 12h30.

Além disso, houve reclamações quanto à demora, confusões, pessoas passando mal nas filas e até mesmo eleitores desistindo de participar da votação em bairros como M’Boi Mirim, Santo Amaro, Cachoeirinha, Jaçanã, Tucuruvi, Perus, Cidade Tiradentes e São Miguel. Denúncias também apontam que candidatos teriam lotado ônibus para levar pessoas até os locais de votação, evidenciando possíveis irregularidades.

No entanto, mesmo com as dificuldades relatadas, a prefeitura destacou que a eleição contou com quatro vezes mais eleitores em comparação ao pleito de 2022, atribuindo isso à ampliação da influência nas comunidades. Foram mobilizados 1.260 funcionários e 18 técnicos da equipe da Prodam para auxiliar nos pontos de votação, embora tenha havido certa demora em alguns locais devido à grande participação.

A prefeitura ressaltou que qualquer cidadão pode acompanhar o processo e encaminhar denúncias à Coordenadoria de Participação Social. Possíveis irregularidades podem ser reportadas à Casa Civil para serem investigadas pelas Comissões Eleitorais responsáveis, reforçando o compromisso com a transparência e a democracia no governo participativo.

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