Eleição para conselho mobiliza farmacêuticos

Disputa tem como destaque retorno de Nara Luíza, que dirigiu a entidade no período de maiores conquistas da categoria. Situação tenta emplacar atual vice-presidente, Lorena Baía

A eleição para o Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) acontece entre os dias 8 e 10 de novembro e a disputa mobiliza a categoria como poucas vezes nos pleitos anteriores. A explicação está no retorno da ex-presidente do conselho, Nara Luíza Oliveira, que encabeça a chapa 1 (#amorpelafarmacia). A chapa 2 (Eu amo farmácia) é liderada por Lorena Baía, atual vice-presidente do CRF e presidente do Sindicato dos Farmacêuticos.

Nara Luíza presidiu o conselho antes das gestões do atual grupo que comanda o CRF-GO. Sua passagem pela entidade foi uma das mais marcantes para a valorização profissional dos farmacêuticos e sua volta é considerada fundamental. A opinião é de Eduardo Genner de Souza Amorim, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás (Seceg). Genner apoiava a atual diretoria, mas decidiu reforçar a campanha de Nara Luíza por entender que ela tem mais condições para administrar o conselho.

Ao lado de Nara também está Suezza Oliveira, candidata a reeleição como conselheira federal. Na chapa 2, a candidata a conselheira federal é Ernestina Rocha, que se mantém na presidência do CRF por força de liminar, após o pedido de afastamento feito pelo Ministério Público. A campanha das duas chapas ganhou as ruas, com visitas a estabelecimentos que concentram farmacêuticos. A disputa também ocorre nas redes sociais. No Facebook, a chapa de Nara Luiz conta com quase 14 mil seguidores e a de Lorena Baía, com mais de 3 mil.

Propostas

Enfrentando um processo do Ministério Público por improbidade no Sindicato dos Farmacêuticos, Lorena prega a continuidade do trabalho que vem executando à frente do conselho há oito anos, com destaque para a implantação da sede própria da entidade. Sobre isso, Nara afirma que, durante sua gestão, adquiriu o terreno e imóveis para a instalação da sede. Segundo ela, a categoria tem outras prioridades no momento, dando como exemplo maior mobilização do CRF sobre a prescrição farmacêutica – o direito assegurado institucionalmente aos profissionais de prescreverem medicamentos.

Nara também defende a realização de concurso público para fiscais, ampliando a inspeção sobre a obrigatoriedade da presença de farmacêuticos no setor público e em farmácias hospitalares. Entre outras propostas, a ex-presidente fez ainda o compromisso de criar três novas seccionais do conselho e reestruturar as existentes, inclusive realizando concurso público para que todas as unidades tenham um farmacêutico.

Segundo os profissionais que a apoiam, Nara tem credibilidade para falar, já que foi em sua gestão que a categoria deu um salto em valorização profissional. Como exemplo, citam que sua articulação junto ao poder legislativo garantiu a implantação da assistência farmacêutica integral em drogarias e farmácias de Goiás. Nara também foi a responsável pela criação do Conselho Itinerante, ação do CRF que levava palestras e serviços aos farmacêuticos do interior do Estado e liderou o processo de aprovação e implantação dos medicamentos genéricos no país, gerando dezenas de milhares de empregos para o segmento.

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Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

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