Eleições 2018: silêncio e acomodação popular

“As pessoas não sabem o valor daquilo que elas tem, seja pelo ar que respiramos, assim é com a liberdade. O Bolsonaro não me parece ser uma pessoa preparada para assumir a direção de um condomínio, imagine a presidência de um país”

O mês de junho de 2013 ficou marcado por uma onda de protestos que, a partir de São Paulo, se espalhou por várias cidades brasileiras. Mobilizando milhares de pessoas no que se tornaria, naquele momento, a maior série de manifestações de rua desde o movimento pelo impeachment do presidente Fernando Collor, 21 anos antes. Durante entrevista ao jornal Diário do Estado, o procurador do Estado de Goiás Antônio Flávio de Oliveira, fez uma análise desse período e os reflexos dessas manifestações no cenário político atual, já que se referem as eleições de 2018.

Para o procurador houve com as manifestações não um legado, mas sim um aumento da incredulidade da população a cerca da política. “O que todos esperavam é que fosse apenas um movimento inicial de algo maior, e não foi bem isso que aconteceu. O que nós vimos foi uma tentativa dos três poderes de acomodar”, explica. Na visão de Antônio Flávio, a população acabou sentindo isso, e assim o resultado atual é o silêncio e acomodação.

Sobre o cenário de pré-candidaturas, levando em consideração o estado de Goiás, onde Ronaldo Caiado aparece liderando com cerca de 37% dos votos. Para o procurador tudo pode acontecer até outubro, nada está definido. Assim como no caso Lula, já que seria impossível que ele preso possa ser eleito presidente.  Ainda falando nesse âmbito de disputas nacionais, Jair Bolsonaro é um personagem no qual as pessoas se “inspiram”, mas que não conhecem sua história. “As pessoas não sabem o valor daquilo que elas tem, seja pelo ar que respiramos, assim é com a liberdade. O Bolsonaro não me parece ser uma pessoa preparada para assumir a direção de um condomínio, imagine a presidência de um país”, destaca o procurador.

Entenda mais sobre esquerda e direita:

Direita

Estes são os chamados conservadores ou nacionalistas, possuem todas as qualidades da direita ideológica em sua essência. Acreditam em verdades permanentes e em uma cultura de valor superior, sendo associada diretamente a igreja e a “valores familiares” imutáveis. Vendo as diferenças culturais contrastantes da sua própria surgirem, torna-se o motivo porque acreditam que a sociedade esta perdendo valores. Geralmente tem influencias militares e autoritárias. 

Centro-esquerda

Acreditam nos ideais do socialismo, mas são mais favoráveis a uma economia de mercado, sendo complacentes ao sistema capitalista. Buscam uma transformação moderada e pacifica do estado tornando a sociedade mais igualitária. Tentam através de leis diminuir as injustiças sociais , assistencialismo. São compostos por social-democratas, ambientalistas e ativistas dos direitos civis/humanos.

Esquerda

Esta visão luta pelo controle da produção, distribuição e consumo pelo estado extinguindo as classes sociais, também chamado de socialismo. Quando isto ocorresse em todo o mundo e não houver mais organizações ou instituições separadas do estado, é que estaria instaurado o comunismo. Essa transição de capitalismo para socialismo seria feita por uma ditadura transitória, onde haveria uma democracia parcial.

Centro

Visão política que acredita em aspectos da direita e da esquerda. São contra todos os extremos e não se consideram capitalistas nem comunistas. Buscam um equilíbrio para a desigualdade social, mas não são contrários a hierarquia.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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