Eleições 2022: Faltando um dia para o pleito, 34 pessoas são presas por crimes eleitorais

Segundo turno: além de presidente, oito municípios terão que eleger novos prefeitos

Eleições 2022: Faltando um dia para o pleito, 34 pessoas são presas por crimes eleitorais

As apreensões envolvendo crimes eleitorais chegaram a bagatela de R$ 3 milhões desde o início das campanhas políticas, sendo que 34 pessoas acabaram sendo presas pelo mesmo motivo. O balanço foi divulgado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e pelo secretário de Operações Integradas (Seopi) da pasta, Alfredo Souza Lima Coelho Carrijo, na manhã deste sábado, 1º.

Apenas nesta semana, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu aproximadamente R$ 1 milhão. Já a Polícia Federal (PF) flagrou e recolheu outros R$ 2 milhões desde 15 de agosto.

Presidente da Assembleia é preso

Nesta sexta-feira, 30, por exemplo, a PF encontrou cerca de R$ 145 mil em dinheiro vivo, dentro de uma mala que pertencia ao presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB). Depois de uma denúncia de compra de votos, o parlamentar e um assessor do político foram abordados pelos policiais, em um hotel em Maceió, na capital do estado.

“No momento da abordagem, foi apreendida com o grupo uma bolsa contendo cerca de R$ 145 mil, além de listas com nomes de pessoas e santinhos. Um dos assessores evadiu-se do local, levando uma mala consigo. Não houve prisão. No entanto, foi instaurado inquérito policial para apurar possível prática de crime de compra de votos”, informou a corporação em nota.

Operações

Durante a última semana de campanha, as forças de segurança comandadas pelo Ministério da Justiça apreenderam mais de R$ 396 mil em 20 operações, todas relacionadas a crimes eleitorais. Foram 14 casos na Região Norte, cinco casos no Nordeste e uma ocorrência no Centro-Oeste.

Com o início da Operação Eleições no dia 26 de setembro, 34 pessoas acabaram presas por suspeita de terem cometido crimes eleitorais. O monitoramento é feito pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), coordenado pela pasta.

Eleições 

Torres e Carrijo destacaram que, neste momento, as operações do ministério e dos órgãos ligados à pasta visam oferecer apoio aos eleitores e à logística. “No domingo, teremos eleições seguras. Podem votar de forma segura”, afirmou o ministro.

A fala remete às preocupações com a violência política em meio à polarização entre os principais candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

O ministro foi questionado sobre as preocupações quanto a possíveis animosidades e atos de violência, após o resultado do primeiro turno. “Não vejo alteração nenhuma para o final, independentemente do resultado”, minimizou Torres. “Lei continua sendo lei, crime continua sendo crime”, acrescentou.

Esta é a primeira vez que a pasta coordena uma operação para as eleições – neste caso, por meio do Seopi. Em números, serão mais de 500 mil agentes de segurança em ação no domingo (entre servidores da PF, PRF e PM) e 70 mil viaturas.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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