Última atualização 05/09/2022 | 16:18
A menos de um mês para as eleições gerais de 2022, pesquisas apontam que a taxa de votos nulos ou brancos será a menor em 28 anos. De acordo com o levantamento do Datafolha, divulgado na última quinta-feira, 1º, apenas 4% dos entrevistados declararam não votar em nenhum dos candidatos na corrida à presidência.
Na pesquisa anterior, publicada no dia 18 de agosto, os eleitores que pretendiam votar nulo ou em branco eram de 6%. A diferença, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, pode estar relacionada ao crescimento nas intenções de voto da chamada terceira via (Ciro Gomes, PDT, e Simone Tebet, MDB).
Caso os números do Datafolha se concretizem, a taxa de votos nulos e brancos será a menor desde 1994, registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 4,06%.
Taxa de votos nulos ou em brancos:
1994:
Previsão Datafolha: 6%
Registro TSE: 4,06%
1998:
Previsão Datafolha: 15%
Registro TSE: 18,7%
2002:
Previsão Datafolha: 5%
Registro TSE: 10,39%
2006:
Previsão Datafolha: 2%
Registro TSE: 8,41%
2010:
Previsão Datafolha: 4%
Registro TSE: 8,64%
2014:
Previsão Datafolha: 6%
Registro TSE:9,64%
2018:
Previsão Datafolha: 15%
Registro TSE: 8,79%
2022:
Previsão Datafolha: 4%
Registro TSE: Dados disponíveis após o dia 2 de outubro.
Diferença entre votos nulos ou em branco
De acordo o TSE, o voto em branco é aquele em que “o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos” e aperta a tecla “branco” na urna. Já o nulo ocorre quando o eleitor digita na urna eletrônica um número que não corresponde a nenhum candidato ou partido político oficialmente registrado.
Diferente do que se acredita, a adesão em massa a essas opções de voto não pode anular o pleito eleitoral. Isso porque o princípio da maioria absoluta de votos válidos, que rege as eleições e foi instituído pela Constituição Federal e pela Lei das Eleições, considera “eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos”.