Eleições no Uruguai: Orsi x Delgado disputam presidência.

Uruguaios voltam às urnas para eleger presidente: Orsi ou Delgado?

Candidato de esquerda, Yamandú Orsi, disputa com o conservador Álvaro Delgado o
segundo turno das eleições presidenciais no Diário do Estado

Yamandú Orsi, da coalisão de esquerda Frente Ampla, e o candidato do Partido Nacional, o conservador Álvaro Delgado, disputam neste domingo (24/11) o segundo turno da eleição presidencial do Uruguai.

Segundo as mais recentes pesquisas, a disputa está muito acirrada e ambos os
candidatos estão tecnicamente empatados. O primeiro turno foi realizado no dia 27 de outubro. Orsi teve 43,94% dos votos e Delgado, 26,77%.

O segundo lugar obteve 17 pontos a menos que o primeiro, mas o terceiro, o
quinto, o sexto e o sétimo colocados integram a mesma coalizão governista.
Juntos, somaram 47,5%, superando Orsi em 3,5 pontos, o que levou a disputa ao
segundo turno.

Yamandú Orsi ganhou destaque no pleito após o forte apoio dado pelo
ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica. Álvaro Delgado foi apoiado pelo atual presidente, Luis Alberto Lacalle Pou. Ele foi porta-voz e secretário da Presidência.

Yamandú Ramón Antonio Orsi Martínez tem 57 anos e nasceu na zona rural do
Uruguai, na cidade de Canelones, em uma família humilde. Ele conta que a casa em
que cresceu não tinha luz e que estudou em escola pública. Orsi foi casado duas
vezes, mas teve filhos apenas com a segunda mulher: uma menina e um menino
gêmeos de 11 anos.

O candidato da Frente Ampla se formou em 1991 como professor de história.
Lecionou para alunos do ensino médio até 2005, quando iniciou sua vida política.
Em 2005, ele atuou como secretário-geral por quase 10 anos, e depois como
prefeito Canelones por dois mandatos: o último teve início em 2020.

Em julho de 2024, Orsi renunciou ao cargo de prefeito para disputar as internas
partidárias da Frente Ampla, que venceu com mais de 60% dos votos, superando a
ex-prefeita de Montevidéu Carolina Cosse.

Álvaro Luis Delgado Ceretta tem 55 anos e nasceu em  em Montevidéu. Ele se casou em 1997 e tem três filhos de 25, 23 e 21 anos.

Em 1987 ingressou na Faculdade de Veterinária da Universidade da República,
quando envolveu-se na política estudantil, da qual fez parte de um sindicato de
estudantes e membro do senado académico. Em 1995, formou-se em medicina
veterinária pela UdelaR. Dois anos depois, em 1997, obteve o diploma em Gestão
Agroindustrial pela Universidade ORT Uruguai.

Delgado entrou para a política após trabalhar como produtor rural e veterinário
em estabelecimentos agropecuários. Em 2020, assumiu o cargo de secretário da Presidência de Luis Lacalle Pou, quando
a pandemia de Covid-19 iniciou os danos pelo mundo. Durante a pandemia, atuou
como porta-voz do governo, o que projetou sua imagem como candidato
presidencial. Antes de trabalhar na Presidência, Delgado foi inspetor-geral do Trabalho, deputado por Montevidéu e senador.

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Universidade de Brasília quer trocar terrenos por prédios na Asa Norte: parceria com BNDES promete impulsionar arrecadação

A Universidade de Brasília (UnB) está planejando trocar lotes vazios por 11 prédios na Asa Norte, como forma de aumentar seu poder de arrecadação. Atualmente, a UnB conta com alugueis para 40% da arrecadação da instituição. Essa troca faz parte de uma parceria entre a universidade e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que envolve a negociação de terrenos vazios na região. O acordo foi firmado em 2023 e está em processo de tramitação interna.

Segundo a ex-reitora Márcia Abrahão, o BNDES já estruturou o projeto e entregou pronto para a UnB, que agora está na fase de licitação. A expectativa é de que a próxima gestão possa licitar os terrenos em breve. A parceria consiste em uma permuta, onde a UnB entrega terrenos vazios na Asa Norte e no Setor Hoteleiro Norte em troca de 11 prédios a serem construídos. Esses prédios serão fonte de renda para a universidade, uma vez que serão alugados como apartamentos residenciais.

De acordo com Abrahão, a UnB tem uma grande quantidade de imóveis no Distrito Federal e a arrecadação com esses aluguéis é fundamental para as finanças da instituição. O estudo feito pelo BNDES e apresentado pela universidade prevê um benefício estimado de R$ 104 milhões com a implementação do projeto. A Universidade de Brasília possui uma carteira de imóveis avaliada em R$ 2,1 bilhões e arrecada cerca de R$ 100 milhões anuais com recursos provenientes dos aluguéis de prédios comerciais e residenciais em Brasília.

A nova gestão da UnB, liderada pela reitora eleita Rozana Naves, ficará responsável por dar continuidade ao projeto. Rozana afirmou que analisará o projeto com atenção e montará um grupo de trabalho para estudar o tema nos primeiros meses de gestão. O BNDES atua como mediador nesse processo, colocando os terrenos para leilão, onde uma construtora compra, constrói e parte da construção é repassada à UnB. No total, a universidade trocará 27 lotes vazios por 11 prédios inteiros para alugar.

Essa iniciativa é semelhante a um projeto realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde concessões foram feitas em troca da construção de novos espaços para os estudantes. Com a implementação desse projeto na UnB, a instituição busca maximizar o aproveitamento de seu patrimônio imobiliário e gerar mais recursos para suas atividades acadêmicas e de pesquisa. A expectativa é de que essa parceria traga benefícios significativos para a universidade e para a comunidade acadêmica como um todo.

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