Eletricista é preso em SP por tentativa de homicídio em bingo no Ceará

Mais de dez anos depois, eletricista é preso por abrir fogo e deixar ferido em bingo no Ceará

O suspeito afirmou que se envolveu na confusão porque um indivíduo estaria importunando sua companheira com piadas.

Eletricista cearense foi preso em São Paulo por crime que aconteceu 11 anos atrás — Foto: Reprodução

O eletricista cearense Cícero Iran Alves, de 44 anos, foi preso no município de São José dos Campos (SP) pelo crime de tentativa de homicídio, ocorrido em abril de 2013, quando efetuou diversos tiros de arma de fogo em meio a uma multidão em Iguatu, no interior do Ceará, e deixou pelo menos um ferido em estado grave. Ele era considerado foragido desde 2023.

Conforme a denúncia, o caso aconteceu em uma quadra na localidade de Sítio Bravo, na zona rural de Iguatu. Testemunhas relataram que o eletricista teria se envolvido em confusão com um homem não identificado, e começou a disparar várias vezes no local.

Populares que estavam nas redondezas se aproximaram da quadra, momento no qual Cícero deixou o local e disparou mais vezes, desta vez na direção das pessoas que observavam a confusão. Uma destas pessoas foi atingida por um tiro na perna, teve uma hemorragia e chegou a ficar em estado grave, mas sobreviveu.

No inquérito, Cícero confirmou que estava no bingo e que se envolveu na confusão porque um indivíduo – que não foi identificado no processo – estaria importunando sua companheira com piadas. Devido às ações, Cícero foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) em outubro de 2013.

Em agosto de 2023, a Justiça emitiu um mandado de prisão preventiva contra Cícero, por entender que ele estava dificultando o processo ao não responder à Justiça e se ausentar de forma injustificada do estado onde respondia ao crime.

A Polícia Civil do Ceará, através do setor de inteligência da Delegacia Municipal de Jucás e da Delegacia Regional de Iguatu, localizou Cícero em São José dos Campos, e comunicou a Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de São Paulo, que realizou a prisão.

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Prefeito de Fortaleza revela dívidas milionárias do IJF e impacto na saúde pública

O prefeito recém-eleito Evandro Leitão revelou o impacto das dívidas da gestão municipal com o IJF, levantando um valor aproximado de R$ 100 milhões. No entanto, ele mencionou que essa quantia pode ser ainda maior, visto que a equipe de transição não possui acesso total aos dados. A situação do principal hospital de urgência e emergência do Ceará vem afetando pacientes, seus acompanhantes e profissionais de saúde nos últimos meses.

Evandro Leitão convocou uma coletiva de imprensa ao lado da vice-prefeita eleita, Gabriela Aguiar, para discutir as dívidas e desafios que o IJF enfrenta. Ele ressaltou que as dívidas em questão podem ser superiores ao montante inicial, já que algumas delas ainda não foram identificadas pela equipe de transição. A falta de informações claras tem dificultado a avaliação precisa do cenário financeiro do hospital.

A crise no Instituto Dr. José Frota se agravou recentemente, com relatos de paralisação de parte dos funcionários, que protestaram devido à falta de alimentação e medicação para pacientes e acompanhantes. A situação foi denunciada pela TV Verdes Mares, destacando a precariedade das condições no local. Ainda assim, a administração do hospital não se pronunciou sobre as demandas apresentadas pelos manifestantes.

Ao mesmo tempo, o IJF enfrenta problemas crônicos, como a falta de remédios e insumos, juntamente com atrasos no pagamento dos funcionários e o cancelamento de cirurgias. Um relatório do Conselho Municipal de Saúde apontou um déficit mensal de 8 a 10 milhões de reais na unidade, que demanda um investimento anual de R$ 866 milhões das esferas municipal, estadual e federal.

Diante desse cenário, o governador Elmano de Freitas liberou R$ 9,6 milhões para o IJF, buscando amenizar a crise instalada. No entanto, denúncias recebidas pelo Ministério Público revelaram que a maior parte dos medicamentos essenciais estava em falta no hospital. A pressão da Justiça sobre a Prefeitura de Fortaleza para apresentar um plano de ação eficaz para resolver a crise se intensificou nos últimos dias.

Glenda Garces, representante dos servidores do IJF, alertou que a situação crítica já era prevista há meses, com avisos sobre a escassez de recursos, insumos e salários atrasados. Apesar dos alertas e das negociações com as autoridades, a crise no hospital se agravou, culminando em um colapso que afeta tanto os funcionários quanto os pacientes. A necessidade de uma força-tarefa para lidar com os problemas emergenciais no IJF se tornou urgente.

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